DE TIRAR O CHAPÉU por Rui Alves

Emprestado pelo FC Porto ao Gil Vicente, Jorge Couto sagra-se em 1989, Campeão do Mundo de Juniores. Este jogador de baixa estatura exibe nos relvados o seu grande talento para o futebol.

O extremo direito revelava uma excelente técnica que aliada às rápidas desmarcações proporcionava ao jogador aparecer em boa posição para tentar o golo, provocando assim, a atenção de Carlos Queiroz que o integra na “Geração de Ouro” do futebol Português.

Na final do Mundial de Riade, um dos golos da vitória da selecção das quinas frente à Nigéria foi da autoria deste pequeno craque. De regresso a Portugal e ao FC Porto faz a sua estreia na equipa principal no dia 26 de Agosto de 1989, numa partida da 2ª jornada do Campeonato Nacional frente ao Penafiel.

Com a camisola azul e branca marcou golos relevantes, como o que deu a vitória à formação portista frente ao Vitória de Setúbal e que valeu o título de campeão nacional de 1990.

A celebração do golo pode ser com uma corrida louca, como fez José Mourinho, com coreografia já preparada de um jogador ou de vários jogadores, mas o golo soberbo apontado ao Sporting em pleno Estádio de Alvalade na temporada de 1990, não é só de tirar o chapéu, como o festejo da equipa portista e particularmente de André que ao ver que não havia espaço para mais ninguém, comemorou onde foi possível...

Anos mais tarde, o beijo de alma feito por Maradona e Cannigia viria a rivalizar com o gesto do médio portista.

O Campeão do Mundo de Juniores representou o FC Porto entre 1989 e 1996, transferindo-se para o Boavista, clube onde terminaria a carreira de futebolista em 2003.

Campeão Nacional pelos dois clubes da cidade Invicta, Jorge Couto acumulou 287 jogos, marcou 27 golos, coleccionando:

  • 6 Campeonatos Nacionais (1990,1992, 1993,1995,1996 e 2001)
  • 3 Taças de Portugal (1991,1994 e 1997)
  • 4 Supertaças Cândido Oliveira (1990, 1991, 1993 e 1997)