O HOMEM POR TRÁS DO GÉNIO DO FUTEBOL por Rui Alves

Oportuno, Manolo Bello, jornalista da RTP, entrevista o homem por trás do génio do futebol, conseguindo que Maradona revele a sua grande e única preocupação, o que a filha pensará dele?

Genuíno na forma como vive, a paixão que demonstra ter pela menina, é a mesma que tem pelo futebol, resumindo, a estrela Argentina é a razão de muitos, terem a paixão do futebol.

Polémico, frontal que o diga Pelé, com quem travou diálogos bem acesos, Dieguito, com apenas 15 anos fez a sua estreia na divisão principal do país das pampas, envergando o número 10 na camisola do Argentino Juniors.

Um ano depois, em 1977, joga 25 minutos frente à selecção húngara o que faz dele, o jogador mais jovem de sempre a vestir a camisola “alviceleste”. No entanto, o seleccionador César Menotti deixa-o de fora do Mundial de 78.

Eleito duas vezes o melhor jogador da América do Sul, transfere-se em 1981 para Boca Juniors, conquistando o seu primeiro título nacional e uma viagem até Espanha. A transferência para o Barcelona, mesmo antes do Mundial de 82, faz-se por valores que até ali nunca tinham sido alcançados.

A Europa tinha agora, o privilégio de ver o melhor jogador do mundo. No entanto, o Mundial de Espanha não corre da melhor maneira, com a condescendência do arbitro, é alvo de uma marcação impiedosa de um defesa italiano que bloqueia a vedeta argentina e garante a vitória transalpina. Expulso contra a selecção canarinha, Maradona diz que ninguém perdeu mais naquele Campeonato do que ele próprio.

O calvário porque passou no campeonato espanhol, lesões contraídas devido a entradas violentas, em Bibau, até numa autêntica batalha campal se vê envolvido frente ao Atlético, se vê envolvido, culminando dois anos depois na mudança para Nápoles.

A loucura toma posse naquela cidade do Sul de Itália, forma sociedade com os brasileiros Careca, avançado, mais o médio Alemão e em dois anos o Nápoles está em condições de conquistar o scudetto.

No Mundial de 86, Maradona toca a divindade, campeão do Mundo pela Argentina, será para sempre recordado pela humilhação que infligiu à selecção inglesa de Bobby Robson.

E o golo que marcou com a mão? “Foi a mão de Deus”, atribuição dada pelo futebolista.

No ano seguinte, Maradona coverte-se em Deus para os Napolitanos, campeão italiano, com o seu poder sobrenatural, conquista também a Taça de Itália, no horizonte e passando por Lisboa, nova glória o esperava.

Até defrontar o clube leonino em 1989, este é o percurso de El Pibe no futebol e depois de eliminar a equipa sportinguista, Deus... isto é, o Nápoles conquistaria a única Taça europeia do seu historial.