De acordo com Sieuve de Menezes, bolos azedos e massa sovada, por exemplo, são produtos açorianos que podem ostentar a designação RUP (Regiões ultraperiféricas) desde que feitos com trigo local.
O Presidente da Fruter não defende a produção de trigo em regime intensivo, mas sim uma cultura destinada a ser incorporada em produtos regionais.
O problema é que a espécie de trigo cultivada durante muitos anos nos
Açores já não existe e a adaptação duma nova espécie pode demorar
sessenta anos.
A solução, segundo Miguel Carvalho, da Universidade da Madeira, gestor do germobanco da Macaronésia, passa por utilizar nos Açores trigo madeirense.
Ou então - esclarece o mesmo investigador - procurar em grandes
germobancos, na Rússia, na Alemanha, nos Estados Unidos ou na Síria,
espécies semelhantes à dos Açores.
A produção de trigo nos Açores, que chegou a alimentar as praças portuguesas de África, manteve-se até ao século XX.
Notícia:Armando Mendes, RDP.