Luísa Pacheco tem 37 anos e vive em São Miguel.
É mãe de 5 filhos, mas Luísa Pacheco só tem os três mais velhos. Vivem numa casa nova, de renda, em Vila Franca.
O marido é pescador e trabalha, também, como ajudante de pedreiro.
A quarta filha foi-lhe tirada pela segurança social e entregue à madrinha, mas em relação à filha mais nova, a mãe não teve a sorte de a ter, pelo menos, por perto.
A bebé, agora com dois anos, foi-lhe arrancada dos braços 4 dias após o seu nascimento.
A menina está numa instituição e até agora a mãe garante que a visitava todos os Sábados. Mas a situação veio a alterar-se.
A criança vai ser entregue para adopção, e a família está privada de visitar a bebé.
A mãe não se conforma com a situação mas também não encontra eco do seu desespero na segurança social que já lhe devolveu os 3 filhos mais velhos depois de 3 anos e meio.
A directora apenas sabe que tirar a criança à mãe foi uma decisão do tribunal, mas essa decisão foi tomada pela informação que a técnica lhe deu.
Luísa Pacheco não aceita que dêem a filha para a adopção ao mesmo tempo que lhe devolvem os 3 filhos mais velhos.
A Directora Regional foi contactada pela RTP-Açores e prometeu analisar a situação.
O que é certo é que, para esta família, muita coisa fica por explicar, no caso da menina que nasceu já com o destino traçado.
Teresa Nóbrega, Telejornal.