Realização e Apresentação: Reinaldo Francisco
Susana Lory, apresentação do concerto
Ana Filipa Leitão, soprano
Mariya Trofymenko, piano
Banda da SFUAP
Fernando Palacino, direção
Ana Filipa Leitão, soprano
Mariya Trofymenko, piano
Banda da SFUAP
Fernando Palacino, direção
Programa
Os Jogos Olímpicos – Inspiração e Legado Cultural
Satoshi Yagisawa - Memories of Friendship
Vangelis (arr. John Mortimer) - Chariots of Fire
John Williams (arr. Jay Bocook) - The Olympic Spirit
Satoshi Yagisawa - Primavera
Tradicional Japonês - Duas canções
Van McCoy (arr. Naohiro Iwai) - African Symphony
Hirotaka Izumi (arr. Toshio Mashima) - Omens of Love
Leonard Bernstein (arr. Naohiro Iwai) - West Side Story
Tohru Kanayama - Urban Beat
Banda da Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (SFUAP) | Conta António dos Santos Matos, no seu excelente trabalho de pesquisa da História da S.F.U.A.P. que corria o ano de 1889 quando “um grupo estoico de rapazes, havidos pelo desenvolvimento associativo”, resolveu fundar a Sociedade Filarmónica União Artística Piedense, constituindo, desde logo, uma banda de música. Os primeiros instrumentos e utensílios vieram da Sociedade Musical União Artística do Caramujo, que nesse ano se extinguiu.
Decorridas algumas semanas sobre a data de 23 de outubro de 1889, a S.F.U.A.P. inaugurava a sua primeira sede na chamada “Casa dos Freitas” ao lado da capela existente a sul do Jardim Público da Cova da Piedade. Artur António Ferreira de Paiva, o primeiro regente da Banda da S.F.U.A.P., pôde iniciar os ensaios e a primeira saída (conhecida) da nossa Banda verificou-se na Quinta dos Frades, onde os novos executantes foram aprender a marchar ao som da música.
Em 1898, no Terreiro do Paço, em Lisboa, celebrou-se o 4.º Centenário da Descoberta da Índia. A nossa Banda lá esteve e cobriu-se de glória por ter sido a única filarmónica presente que executou os acordes da “Grande Marcha do Centenário”.
Os anos passaram, dezenas de jovens aprenderam música na S.F.U.A.P., desfilaram com a sua Banda e participaram em inúmeras manifestações musicais. Em 1934, os registos assinalam a existência de 33 executantes. Em 1932, Fernando Marques Francisco havia sido o inspirado autor do primeiro hino da S.F.U.A.P., conhecido. Em 1937 fundou-se o Jazz Piedense, que abrilhantou durante alguns anos muitas festas associativas e também foi criada a Banda Taurina.
Ao longo de um século muitos foram os regentes da Banda da S.F.U.A.P., desde Artur António Ferreira Paiva, o primeiro, passando por António Gonçalves dos Santos, Augusto Menezes Cabral (1926-1929), Leonel Duarte Ferreira (1930-1944), José Dias Montezinho e muitos outros, até à atualidade, com o Maestro Carlos Ribeiro.
Longa é, também, a lista dos músicos que passaram pela Banda da S.F.U.A.P., como largo é o rol daqueles que se tornaram músicos profissionais e ingressaram em bandas militares e orquestras. Tantos são, que seus nomes não caberiam neste simples escrito e correríamos o risco de esquecer algum, lamentavelmente.
Salientamos, contudo e pelo exemplo de longevidade que representa para os atuais jovens executantes, o nome Manuel Calvário, músico da Banda desde 1937.
Mais recentemente a Banda da S.F.U.A.P. colaborou com as mais diversas modalidades desportivas e culturais concretizando dos momentos mais relevantes da atualidade, as Galas da SFUAP e também se fez representar nos diversos encontros nacionais de bandas filarmónicas e, claro, os regulares “Concerto de Ano Novo” e “Concerto de Gala”.
No decurso de um longo passado de uma centena de anos, muitos foram os momentos altos da história da Banda da S.F.U.A.P., mas também houve períodos baixos e vicissitudes. Nem sempre tudo correu bem. Mas, o que é importante é que a Banda sobreviveu a todas as crises e “hoje aí esta”, plena de juventude nos seus 131 anos de existência, mantendo viva a chama que se acendeu em 23 de outubro de 1889.
Fernando Palacino | Iniciou os seus estudos musicais na Sociedade Filarmónica União Seixalense. Ingressou mais tarde no Conservatório Nacional de Musica na classe de trombone deEmídio Coutinho e Hermenegildo Campos. Estudou musica de câmara com Bruno Pizamilli. Frequentou várias Master Classes de trombone com David Taylor e Joseph Alessi.
Foi professor de trombone no Conservatório Regional de Tomar e tem lecionado vários cursos de aperfeiçoamento de trombone no continente e nas ilhas.
Foi fundador e trombonista do Grupo de Metais do Seixal-GMS, vencedor do concurso Jovens Músicos da Antena 2/RDP, em 1990, na classe superior de música de câmara. Com o GMS atuou em Viena de Áustria, com o Maestro António Vitorino de Almeida, e realizou vários concertos em Niterói, no “Encontro Portugal-Brasil 500 Anos”.
Integrou as orquestras Nova Filarmonia Portuguesa, Orquestra Nacional S. Carlos, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Ligeira da RDP, Orquestra Nova Harmonia, Orquestra da Felicidade, Orquestra do Hot Clube e Orquestra de jazz Jorge Costa Pinto.
Participou em vários festivais da canção da RTP, gravações para a rádio e televisão.
Integra a Banda de Música da Força Aérea Portuguesa, onde desempenha as funções de trombone solista, coordenador de naipe e formador.
Frequentou Master Classes de direção de Banda com os Maestros Sir David Witchel, Jo Conjaerts e Mark Heron.
Foi Maestro da Banda de Lavre e diretor musical em concertos com os cantores Carlos Guilherme, Anabela, Jorge Palma, Paulo de Carvalho, Mario Laginha e Maria João, Janita, Vitorino.
Em 2013 foi agraciado com a Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro pelo Município de Odivelas. É Maestro da Banda da Sociedade Musical Odivelense desde 1997.
Mariya Trofymenko | Graduou-se na Faculdade de Música em homenagem a Gulak Artemovsky na Ucrânia. Tem uma vasta experiência com crianças de diversas idades, a partir dos 4-5 anos, e adultos. Trabalha na SFUAP como professora de piano, formação musical, acompanhante desde 2007, embora o percurso profissional já conta com mais que 30 anos. Trabalha com programa ABRSM (Associated Board of the Royal Schools of Music). Tem alunos de mérito e distinção. Seus alunos participam nos concursos internacionais de música « Cidade Almada», nos concursos « Jovens talentos de Almada». Põe em practica as experiências de tocar em conjunto com cantores e com diversas instrumentistas.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2