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Raízes Inês Almeida / Mafalda Serrano

Concertos

Sinfonia Lírica | 17 Março | 19h00

Fundação Gulbenkian

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Sinfonia Lírica | 17 Março | 19h00 Sinfonia Lírica | 17 Março | 19h00

© Jorge Carmona / Antena 2


Temporada Gulbenkian Música

17 Março | 19h00

Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian


Alexander Liebreich & Sinfonia Lírica

Alban Gerhardt, violoncelo
Johanna Winkel, soprano
Michael Nagy, barítono

Orquestra Gulbenkian
Direção de Alexander Liebreich 


Programa

Unsuk Chin - Concerto para Violoncelo

Alexander Zemlinsky - Sinfonia Lírica, op. 18


Considerado um dos mais importantes maestros alemães da atualidade, Alexander Liebreich dirigiu durante dez anos a Orquestra de Câmara de Munique, tendo garantido um lugar destacado na música europeia também graças a essa frutuosa ligação. 
Em 2018, na sequência da sua interpretação do Requiem de Tigran Mansurian, gravada pela ECM, foi nomeado para um Grammy e assumiu a direção artística da Orquestra Sinfónica da Rádio de Praga. 
À Gulbenkian Música, o maestro traz a envolvente Sinfonia Lírica de Zemlinsky, compositor cuja rivalidade com Mahler levou a que esta obra fosse também considerada como uma resposta ao célebre ciclo A Canção da Terra.




Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco



Alexander Liebreich | Desde setembro de 2019, é o Maestro Principal e Diretor Artístico da Orquestra Sinfónica da Rádio de Praga. Anteriormente (2012-2019) desempenhou idênticas funções na Orquestra Sinfónica da Rádio Nacional Polaca. 
Desde 2018, é também Diretor Artístico do Festival Richard Strauss, em Garmisch-Partenkirchen. Entretanto, foi eleito presidente da Richard Strauss Society, sucedendo a Wolfgang Sawallisch e Brigitte Fassbaender. Entre 2015 e 1018, foi Diretor Artístico do festival “Katowice Kultura Natura”, período ao longo do qual foram convidadas algumas das melhores orquestras, bem como prestigiados agrupamentos de câmara e solistas. Entre 2006 e 2016, foi Maestro Principal e Diretor Artístico da Orquestra de Câmara de Munique.
A longo da carreira, Alexander Liebreich apresentou-se em muitos dos principais palcos a nível mundial. Como maestro convidado, trabalhou com orquestras como a Orquestra do Real Concertgebouw de Amesterdão, a Orquestra Nacional da Bélgica, a Sinfónica da BBC, a Sinfónica da Rádio de Berlim, a Filarmónica de Munique, a Sinfónica da Rádio da Baviera, a Sinfónica do Estado de São Paulo, a Filarmónica de Dresden, a Sinfónica de São Petersburgo, a Filarmónica do Luxemburgo, a Sinfónica Yomiuri Nippon, a Sinfónica NHK ou a Orquestra do Tonhalle de Zurique. Os mais recentes compromissos incluem estreias com a Filarmónica do Japão, a Sinfónica do Oregon, a Sinfónica Escocesa da BBC, a Sinfónica de Singapura, a Sinfónica de Taipé, a Orquestra de Valência, a Sinfónica de Castela e Leão e a Sinfónica de Quioto. Dirige também regularmente os solistas de renome internacional como Lisa Batiashvili, Krystian Zimerman, Frank Peter Zimmermann, Gautier Capuçon, Alban Gerhardt, Leila Josefowicz ou Isabelle Faust.
Para além da direção de concertos e de espetáculos de ópera, Alexander Liebreich é reconhecido pela produção de projetos inovadores. Em 2011 tornou-se o primeiro Diretor Artístico europeu do Festival Internacional de Música de Tongyeong, na Coreia do Sul, um dos maiores e mais importantes festivais da Ásia. Com a meta de encorajar os intercâmbios interculturais, implementou o “east-west-residence-programme”, convidando artistas como Heiner Goebbels, Unsuk Chin, Martin Grubinger, Toshio Hosokawa e Beat Furrer. Em outubro de 2016, o Ministro da Educação, Cultura, Ciência e Arte da Baviera entregou a Alexander Liebreich o Prémio Especial de Cultura do Estado da Baviera.
Alexander Liebreich, nasceu em Ratisbona (Regensburg), na Alemanha, e estudou na Hochschule für Musik und Theater, em Munique, e no Mozarteum de Salzburgo. Adquiriu muita da sua experiência inicial com Michael Gielen e Nikolaus Harnoncourt. Foi também muito influenciado pelo seu mentor Claudio Abbado, que o convidou para o assistir em produções do Festival de Páscoa de Salzburgo, com a Filarmónica de Berlim, e em Bolzano, com a Orquestra Juvenil Gustav Mahler.




Alban Gerhardt | Ao longo de vinte e cinco anos de carreira, o violoncelista alemão tem causado um impacto único nos públicos a nível internacional. Para além da sua intensa musicalidade e da sua forte presença em palco, Gerhardt é também um investigador com uma insaciável curiosidade, dedicando-se à pesquisa de novas abordagens artísticas e de repertório novo, tanto do passado como do presente.
Alban Gerhardt gosta de partilhar as suas descobertas com o público muito para além da sala de concertos, tendo concretizado ambiciosos projetos na Europa e nos Estados Unidos da América, os quais incluíram atuações e workshops em escolas e hospitais, bem como sessões livres em espaços públicos. A sua colaboração com a Deutsche Bahn, que inclui atuações ao vivo nas principais linhas ferroviárias da Alemanha, é uma clara demonstração deste seu compromisso.
Depois de obter sucesso em vários concursos internacionais, Alban Gerhardt estreou-se com a Filarmónica de Berlim e o maestro Semyon Bychkov em 1991. Desde então, tocou com muitas das principais orquestras sinfónicas, incluído a Orquestra Real do Concertgebouw de Amesterdão, a Filarmónica de Londres, a Sinfónica NHK de Tóquio, as Sinfónicas de Cleveland, Filadélfia e Chicago, ou a Orquestra do Tonhalle de Zurique, sob a direção de maestros de renome como Kurt Masur, Christoph von Dohnányi, Christian Thielemann, Christoph Eschenbach, Myung-Whun Chung, Michael Tilson-Thomas, Esa-Pekka Salonen, Vladimir Jurowski, ou Kirill Petrenko.
Apresenta-se também com frequência em contexto de música de câmara, tendo como parceiros neste domínio Steven Osborne, Baiba Skride e Brett Dean. A sua relação com os compositores é também intensa, tendo colaborado com Thomas Larcher, Brett Dean, Jörg Widmann, Matthias Pintscher e Unsuk Chin, entre outros.
No domínio discográfico, Alban Gerhardt recebeu três prémios ECHO Klassik, bem com os prémios ICMA e MIDEM. A gravação do Concerto para Violoncelo de Unsuk Chin (Deutsche Grammophon), recebeu um prémio BBC Music Magazine. Alban Gerhardt toca um violoncelo Matteo Gofriller de 1710.




Johanna Winkel | Estreou-se internacionalmente como solista em 2008 em Nantes, França, com a orquestra Concerto Köln sob a direção de Peter Neumann, e rapidamente começou a construir uma excelente reputação como especialista em repertório vocal de concerto, chamando a atenção de músicos e ensembles como Jeffrey Tate, Andreas Spering, a NDR Philharmonic, a Hamburg Symphony, a Freiburg Baroque Orchestra, o Brno Philharmonic Choir e os coros de rádio alemães RIAS e NDR. 
Da excelência em música antiga, Johanna Winkel expandiu a sua gama estilística para incluir também repertório romântico e moderno. Desde então, a soprano realizou espetáculos na Alemanha, em Lucerna, Bruxelas, Oslo, Paris e Moscovo; viajou para Vancouver e Montreal com Frieder Bernius e o Coro de Câmara de Stuttgart, bem como para Lima, São Paulo e Rio de Janeiro com a Academia Bach de Stuttgart dirigida por Hans-Christoph Rademann. 
Canta o War Requiem de Britten no Tonhalle Zurich, bem como o Messias de Händel no Teatro Colón em Buenos Aires e A German Requiem de Brahms em Tel Aviv; também foi convidada para atuar na China com a Orquestra Sinfónica de Xangai. 
Interpreta personagens clássicas como Mimi, Donna Elvira ou Micaela e recentemente cantou Alcina em Bayreuth, Rosalinde em Éfurt e Leonore do Fidelio de Beethoven em Hildesheim. É admirável a sua capacidade de dominar partituras complexas - mesmo as de música moderna ou que lhe são desconhecidas. 
Entre as suas gravações discográficas e para a televisão, destaca-se a produção da Deutsche Kammerphilharmonie em Bremen do oratório Die letzten Dinge (O Juízo Final) de Louis Spohr, cuja gravação foi incluída pela Crítica Alemã de Discos entre as melhores gravações do outono de 2014; assim como a gravação de Moisés y Arón de Schoenberg, no Teatro Real de Madrid e na Philharmonie de Berlim com a SWR Symphony Orchestra sob a direcção de Sylvain Cambreling, gravação nomeada para os prémios Grammy 2015.




Michael Nagy | O barítono alemão de ascendência húngara começou por integrar o ensemble da Komische Oper de Berlim. Já na Ópera de Frankfurt, interpretou papéis importantes como Papageno (A Flauta Mágica), Guglielmo (Così fan tutte), Conde Almaviva (As Bodas de Fígaro), Hans Scholl (Die weiße Rose), Wolfram (Tannhäuser), Valentin (Fausto), Jeletzki (Dama de Espadas), Marcello (La Bohème), Albert (Werther de Massenet), Frank/Fritz (Die tote Stadt de Korngold), Owen Wingrave (Owen Wingrave de Britten), Jason (Medea de Charpentier) e Dr. Falke (O Morcego de J. Strauss). Como convidado, cantou na Ópera de Oslo (Wolfram em Tanhäuser), Ópera Alemã de Berlim (Ford em Falstaff) e Ópera Estatal da Baviera em Munique (Graf Luna em Palestrina de Pfitzner e Stolzius em Os Soldados de Zimmermann). Com a Orquestra Barroca de Freiburg sob a direção de René Jacobs, atuou no Teatro de Viena como Nardo (A falsa jardineira) e, com a Filarmónica de Berlim e Sir Simon Rattle, apresentou-se como Papageno (A Flauta Mágica) no Pfingstfestspiele Baden-Baden.
Michael Nagy é também requisitado em todo o mundo para se apresentar em concerto e oratória. Neste âmbito, tem cantado com várias orquestras como as da Konzerthaus de Berlim e da Gewandhaus de Leipzig, Museumorchester em Frankfurt, e ainda no Festival de Música de Schleswig-Holstein. Tem colaborado com figuras importantes como Philippe Herreweghe, Helmuth Rilling, Adam Fischer, Paavo Järvi, Christoph Eschenbach e Riccardo Chailly.
Michael Nagy iniciou-se musicalmente num coro de meninos, o Hymnus-Chorknaben em Estugarda. Estudou canto em Estugarda, Mannheim e Saarbrücken com Rudolf Piernay, interpretação de canções com Irwin Cage e direcção musical. Realizou masterclasses com Charles Spencer, Rudolf Piernay e Cornelius Reid. Em 2014, com a pianista Juliane Ruf, ganhou o Concurso Internacional de Lied da Academia Hugo Wolf em Estugarda.




Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto.Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.    















Fotos Jorge Carmona / Antena 2