A Antena 2 esteve na Festa de inauguração da CURA, a casa da Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, que teve lugar na vila de Serpins, na Lousã, entre 24 e 26 de março.
CURA: memória coletiva em transformação
Uma reportagem por Isabel Meira (texto e audio)
e Jorge Carmona (fotografia)
Escutar a reportagem audio, aqui:
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dia 17 de Abril, entre as 8h00 e as 9h00.
Pessoas que se juntam para cantar só porque sim. Esta é uma das forças que Tiago Pereira tem encontrado de norte a sul do país, desde que A Música Portuguesa a Gostar dela Própria se lançou à estrada, em 2011.
O fundador da Associação fala em regeneração da memória coletiva: "hoje em dia, onde há mais adufes é em Lisboa e no Porto", nota. Jovens que não deixam cair o que está para trás, sem que isso os impeça de criar novas dinâmicas.
Música com raízes aéreas, pessoas unidas pela mesma labuta:
Música com raízes aéreas, pessoas unidas pela mesma labuta:
Ó meu amor se me queres amar labuta /
Nada na vida se alcança /
Sem dar sentido e amor à luta.
Os versos são da "Labuta", canção recolhida pelo Rancho do Covão do Coelho, em Minde, e reinventada e gravada pelo Coro dos Anjos e pelo coletivo Criatura.
Em Serpins, freguesia do concelho da Lousã, distrito de Coimbra, a "Labuta" foi o hino que marcou a festa de inauguração da CURA, a sede d'A Música Portuguesa a Gostar dela Própria.
Em Serpins, freguesia do concelho da Lousã, distrito de Coimbra, a "Labuta" foi o hino que marcou a festa de inauguração da CURA, a sede d'A Música Portuguesa a Gostar dela Própria.
O espaço conta com uma tasca digital, onde é possível ver os mais de sete mil vídeos gravados pela associação na última década, e, ao mesmo tempo, provar vinhos e queijos de várias regiões do país. Há também uma uma estante com livros, revistas e outras publicações ligadas às mais diversas tradições do país, e uma montra que dá destaque ao trabalho de um artesão.
No piso de cima, uma sala multifunções permitirá assistir a filmes, debates, concertos, ou participar em oficinas e nos ensaios do coro da CURA, onde qualquer pessoa onde chegar e cantar.
A CURA "é a ação do tempo", explica Tiago Pereira, que procura contrariar "aquela ideia de que a tradição é uma coisa estanque, que não se vai transformar".
No piso de cima, uma sala multifunções permitirá assistir a filmes, debates, concertos, ou participar em oficinas e nos ensaios do coro da CURA, onde qualquer pessoa onde chegar e cantar.
A CURA "é a ação do tempo", explica Tiago Pereira, que procura contrariar "aquela ideia de que a tradição é uma coisa estanque, que não se vai transformar".
Por todo o país, o projeto vai continuar a documentar essa transformação, com o coração da labuta a bater em Serpins.
Texto de Isabel Meira
Texto de Isabel Meira
Parada Musical com músicos vindos de todo o país, do Alentejo a Trás-os-Montes
Piquenique e Mega Almoço
Ensaios para o ‘Coro da Janela’
Concerto na Rua das Pretas
A Cura
Fotos Jorge Carmona / Antena 2