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Caleidoscópio | Domingo 22h00 | Quarta 13h00 | Sábado 5h00

Torna Viagem II | João Guilherme Ripper

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A Antena 2 apresenta, a partir de 2 de Abril até ao final de Junho, no programa Caleidoscópio, a segunda série de Torna Viagem, da autoria de João Guilherme Ripper. 
Esta segunda temporada do programa dedicado a autores e intérpretes cujo legado cruzou o Atlântico, entre Portugal e o Brasil, foca-se no panorama pianístico dos dois países.


Domingo 22h00 | Quarta 13h00 | Sábado 5h00


Torna Viagem II

Panorama do piano em Portugal e no Brasil (1900-1960)

Por João Guilherme Ripper


Torna viagem navega o percurso da música em Portugal e Brasil apresentando as suas origens comuns, histórias independentes, mútuas influências e os artistas que fizeram e fazem sucesso dos dois lados do Atlântico.

Depois da primeira temporada de Torna Viagem dedicada a autores e intérpretes cujo legado cruzou o Atlântico, entre Portugal e o Brasil, esta segunda temporada apresenta o panorama do piano nos dois países através da carreira artística e gravações de seus maiores intérpretes. 
Os episódios trazem ainda as obras escritas por compositores brasileiros e portugueses especialmente para o instrumento, mostrando fatos da história da música deste período. 
A série começa nos primórdios do registro fonográfico no início do século passado para cobrir mais de 60 anos de presença instrumento através dos dedos e da arte de 27 pianistas.

A segunda temporada de Torna Viagem tem roteiro dos jornalistas Luciana Medeiros e João Luiz Sampaio, e apresentação de Ana Veloso. A criação e coordenação do programa está a cargo do compositor e maestro brasileiro João Guilherme Ripper. 
Torna Viagem é uma realização da Embaixada de Portugal em Brasília, Embaixada do Brasil em Lisboa, Instituto Camões, Movimento Patrimonial Vivo - MPMP, MEC FM, Antena 2 - RTP.


Ficha técnica
Apresentação: Ana Veloso
Roteiro e entrevistas: Luciana Medeiros, João Luís Sampaio
Criação e coordenação: João Guilherme Ripper
Realização: Embaixada de Portugal em Brasília, Embaixada do Brasil em Lisboa, Instituto Camões, Movimento Patrimonial Vivo - MPMP, MEC FM, Antena 2 - RTP


Episódios

Ep. 1 | 2 Abril
Vianna da Motta (1868-1948), Magda Tagliaferro (1893-1986)
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Ep. 2 | 9 Abril
Guiomar Novaes (1894-1979), Helena Sá e Costa (1913-2006)
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Ep. 3 | 16 Abril
Arnaldo Estrella (1908-1980), Nella Maissa (1914-2014)
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Ep. 4 | 23 Abril
Maria Graça Amado da Cunha (1919-2001), Iara Bernete (1920-2002), Anna Stella Schic (1922-2009)
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Ep. 5 | 30 Abril
Sequeira Costa (1929-2019), Jacques Klein (1930-1982)
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Ep. 6 | 7 Maio
Olga Prats (1938-2021), Antonio Guedes Barbosa (1943-1993)
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Ep. 7 | 14 Maio
José Eduardo Martins (1938), Sérgio Varella-Cid (1937-1981)
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Ep. 8 | 21 Maio
Antonio Vitorino de Almeida (1940), Lais de Souza Brasil (1935)
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Ep. 9 | 28 Maio
João Carlos Martins (1940), Adriano Jordão (1946), Arthur Moreira Lima (1940)
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Ep. 10 | 4 Junho
Maria João Pires (1944) e Nelson Freire (1944-2021)
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Ep. 11 | 11 Junho
Arnaldo Cohen (1948), Cristina Ortiz (1950)
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Ep. 12 | 18 Junho
Jean Louis Steuerman (1949), Linda Bustani (1951)
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Ep. 13 | 25 Junho
Jorge Moyano (1951), Sonia Rubinsky (1957)
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@ Jorge Carmona / Antena 2

Mais sobre os episódios

Ep. 1 | Vianna da Motta (1868-1948), Magda Tagliaferro (1893-1986)
Esta temporada inicia-se com duas grandes personalidades da música luso-brasileira que se afirmaram como referências internacionais.
Vianna da Motta, pianista, pedagogo, compositor e programador cultural, foi um dos grandes vultos da cultura portuguesa e da história da música em Portugal. A sua ação desenvolveu­‑se em diversas frentes.Como pianista foi um dos últimos alunos de Franz Liszt, e a sua carreira pianística teve dimensão internacional. A sua atuação pedagógica em vários países europeus teve repercurssões nas gerações sequentes.
Magda Tagliaferro foi exímia intérprete, de energia contagiante e um talento exuberante. Intérprete lendária, tornou-se um símbolo da arte de tocar piano, e foi, desde sempre, reverenciada pela crítica. A par da sua brilhante carreira artística, nunca esqueceu a missão pedagógica.

Ep. 2 | Guiomar Novaes (1894-1979), Helena Sá e Costa (1913-2006)
O segundo episódio desta temporada é dedicado a duas grandes pianistas, com carreiras internacionais.
Guiomar Novaes é considerada a maior pianista brasileira e uma das grandes intérpretes mundiais, sendo especialmente reconhecida pelas suas interpretações de Chopin e Schumann. Ao piano transfigurava-se de tal modo, tocando de forma arrebatadora, como se estivesse improvisando, que diziam parecer estar em transe ou ser a encarnação de um grande artista.
Helena Sá e Costa desenvolveu uma notável carreira internacional na Europa, Américas e África, como solista em música de câmara ou com orquestra. Tocou ao lado de famosos pianistas, violinistas, violoncelistas ou cantoras e sob a batuta de grandes maestros e foi jurada de reputados concursos. 
A sua ação pedagógica tem um relevo especial, reconhecido internacionalmente, e com impacto em todos os Conservatórios portugueses e ainda no Brasil, Alemanha, Espanha, Suíça, Austria.

Ep. 3 | Arnaldo Estrella (1908-1980), Nella Maissa (1914-2014)
O terceiro episódio é inteiramente dedicado ao brasileiro Arnaldo Estrella e a ítalo-portuguesa Nella Maissa. Ambos, pianistas, dedicaram suas carreiras à divulgação dos compositores nacionais. Intérpretes de primeiríssimo escalão, eles são os protagonistas desta pianística segunda temporada.
Arnaldo de Azevedo Estrella nasceu no Rio de Janeiro em 1908. E foi de crítico musical a professor universitário. Em 1968, foi o primeiro a produzir uma antologia sonora da música brasileira, com exemplos paradigmáticos dos principais compositores para piano brasileiros. A segunda antologia é de 1969, só com valsas. O pianista veio a falecer em 1980, em Petrópolis.
Nascida em 1914, em Turim, na Itália, Nella Maissa, tem um registro fabuloso do setecentista João Domingos Bomtempo, cuja obra pianística gravou na íntegra. De Armando José Fernandes, por exemplo, registrou em 1976 o interessantíssimo Prelúdio e Fuga, composta em 1942. Na discografia de Nella Maissa destacam-se também as gravações de peças de Fernando Lopes-Graça, outra figura de enorme importância na música portuguesa do século 20.

Ep. 4 | Maria Graça Amado da Cunha (1919-2001), Iara Bernete (1920-2002),
Anna Stella Schic (1922-2009)
Três grandes pianistas. 
Três mulheres à frente de seu tempo. 
O quarto episódio da segunda temporada de Torna Viagem relembra a trajetória marcante da portuguesa Maria da Graça Amado Cunha e das brasileiras Yara Bernette e Anna Stella Schic.

Ep. 5 | Sequeira Costa (1929-2019), Jacques Klein (1930-1982)
Este quinto episódio de Torna Viagem apresenta duas figuras especialíssimas: o português José Sequeira Costa e o brasileiro Jacques Klein. 
Sequeira Costa, nascido em 1929, e Klein, em 1930, brilharam desde muito cedo e foram referências na música de seus países.
Ambos foram diferentes também em muitos aspectos. O português dedicou-se durante toda a vida à academia, e foi o criador de um dos mais importantes concursos de piano do mundo. Enquanto Sequeira Costa era mais reservado, Jacques Klein por pouco não abandonou a música de concerto definitivamente para se dedicar ao jazz. É reverenciado como um dos maiores do seu tempo, quer em recitais solo ou acompanhado, e o seu perfeccionismo técnico, aliado à grande sensibilidade, conquistou plateias em todo o mundo e um lugar no panteão dos grandes músicos do Brasil.

Ep. 6 | Olga Prats (1938-2021), Antonio Guedes Barbosa (1943-1993)
Todo um oceano. Havia o Atlântico entre a pianista portuguesa Olga Prats e o brasileiro Antonio Guedes Barbosa. 
Mas, na música, não há distâncias intransponíveis. E, mesmo de longe, os dois se aproximaram nas leituras originais e na paixão com que se dedicaram a um amplo repertório — como veremos neste sexto episódio da segunda temporada de Torna Viagem.

Ep. 7 | José Eduardo Martins (1938), Sérgio Varella-Cid (1937-1981)
Este sétimo episódio de Torna Viagem, dedicado aos pianistas portugueses e brasileiros, visita as carreiras de mais dois grandes nomes: José Eduardo Martins, nascido em São Paulo, um verdadeiro intelectual das teclas, e Sérgio Varella-Cid, lisboeta com carreira internacional que terminou misteriosamente.
Ambos os pianistas tiveram forte presença tanto no Brasil como em Portugal: o brasileiro José Eduardo Martins, filho de pai português, é conhecido e admirado em Portugal. E Sérgio Varella-Cid, de mãe brasileira, passou seus últimos anos no Brasil, e foi aqui que desapareceu sem deixar qualquer rasto.

Ep. 8 | Antonio Vitorino d'Almeida (1940), Lais de Souza Brasil (1935)
Torna Viagem traz neste episódio os pianistas Antonio Victorino d’Almeida e Laís de Souza Brasil.
Maestro, compositor, comunicador, adido cultural, ator, escritor, Vitorino d'Almeida nasceu em maio de 1940, em Portugal, e começou a sua relação com o piano aos 5 anos de idade.
A carreira de Lais de Souza Brasil também se pautou pelo fascínio que manifesta pela música de câmara. Nesse repertório, ajudou a divulgar a obra de alguns dos principais compositores brasileiros, como Claudio Santoro ou Edino Krieger. E também revelou a diversidade da escrita do próprio Camargo Guarnieri.

Ep. 9 | João Carlos Martins (1940), Adriano Jordão (1946), Arthur Moreira Lima (1940)
Neste episódio, Torna Viagem na sua segunda temporada, volta a destacar a trajetória de grandes pianistas brasileiros e portugueses.
Percorremos a vida e a carreira de três nomes de primeira grandeza no universo da música de concerto. São eles os brasileiros João Carlos Martins e Arthur Moreira Lina. E o português Adriano Jordão.
Os três nasceram na década de 1940 e os seus caminhos seguiram direções variadas - mas sempre com o sólido reconhecimento do público e crítica.

Ep. 10 | Maria João Pires (1944) e Nelson Freire (1944-2021)
A arte como sinónimo de vida; a música, uma forma de comunicação com o outro.
Neste episódio de Torna Viagem, vamos conhecer a trajetória de dois dos maiores pianistas da segunda metade do século XX e das primeiras décadas do século XXI: a portuguesa Maria João Pires e o brasileiro Nelson Freire.

Ep. 11 | Arnaldo Cohen (1948), Cristina Ortiz (1950)
Torna Viagem acompanha neste episódio a trajetória dos pianistas Arnaldo Cohen e Cristina Ortiz.
Conheça os percursos artísticos dos dois músicos, um nascido no Rio de Janeiro e outra na Baía; um com uma carreira estabelecida nos Estados Unidos e outra na Europa, e ambos  reconhecidos como virtuosos intérpretes.

Ep. 12 | Jean Louis Steuerman (1949), Linda Bustani (1951)
Duas vozes profundamente pessoais. Duas maneiras de se relacionar com o piano. Dois repertórios construídos no passar do tempo. 
Neste episódio de Torna Viagem, vamos conhecer um pouco da carreira dos pianistas Jean-Louis Steuermann e Linda Bustani.
Linda Bustani é uma das importantes pianistas sul-americanas com projeção internacional, e foi premiada aos quinze anos no Concurso Internacional Vianna da Mota, em Lisboa.
O pianista Jean Louis Steuerman nasceu no Rio, e em jovem vem para a Europa onde ganha reconhecimento.

Ep. 13 | Jorge Moyano (1951), Sonia Rubinsky (1957)
Como se constrói o repertório de um grande pianista? A pergunta é simples; a resposta, nem tanto. 
Mas os dois artistas que conheceremos melhor neste décimo terceiro episódio de Torna Viagem ajudam-nos a encontrar algumas respostas possíveis: o português Jorge Moyano e a brasileira Sonia Rubinsky.
Em 1975, Portugal perdeu um engenheiro. Pode ser estranho falar assim, mas foi o que aconteceu. Jorge Moyano, nascido em 1951, já havia concluído os estudos de piano no Conservatório Nacional de Música de Lisboa. Mas resolveu que seria mais seguro ter uma opção profissional. Formou-se em 1974 em Engenharia. Só que, um ano depois, começou a dar aulas no conservatório. A música chegou na frente. E trouxe com ela um grande intérprete da obra de Schumann, para começar, e descobriu o repertório que mais lhe interessava. Um olhar sobre o caminho artístico de Jorge Moyano pode-se abrir para diferentes estradas.
Quantos pianistas podem existir em uma só artista? 
A pergunta vem quando olhamos a trajetória de Sonia Rubinsky. Nascida em Campinas, no interior do estado de São Paulo, em 1957, viveu em Israel, nos Estados Unidos e hoje vive em França. E ao longo de todo esse período, investiu em projetos que a colocaram em contato com repertórios tão diferentes, traduzidos por um toque particular. Um dos mais ambiciosos foi a gravação de toda a obra para piano solo de Heitor Villa-Lobos. A paixão seguinte foi a música alemã. Depois, a música americana e, em certa medida, a francesa.


@ Walda Marques

O compositor João Guilherme Ripper formou-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutorou-se na The Catholic University of America em Washington D.C., e especializou-se em “Économie et Finacement de la Culture” na Université Paris-Dauphine em França e em regência orquestral na Universidad de Cuyo (Mendoza) e Teatro Colón na Argentina. É professor da Escola de Música da UFRJ, instituição que dirigiu entre 1999 e 2003. Recebeu o prémio Associação Paulista dos Críticos de Arte em 2000 pela sua ópera Domitila, e em 2017 pelo conjunto de sua obra. Dirigiu a Sala Cecília Meireles no Rio de Janeiro de 2004 a 2015 e de 2019 a Março de 2023, e foi Presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro entre 2015 e 2017. Atualmente é Assessor para Projetos Especiais da Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro. É membro da Academia Brasileira de Música.
 
A ópera tem importância central em seu catálogo. A ópera de câmara Domitila escrita em 2000 é baseada na correspondência entre D. Pedro I (D. Pedro IV, em Portugal) e sua amante, Domitila de Castro, a Marquesa de Santos. Foi gravada em 2018 para o selo MPMP - Patrimônio Vivo pela soprano Carla Caramujo com acompanhamento do Toy Ensemble. Recentes produções incluem Piedade nas temporadas 2017 e 2018 do Teatro Colón, Theatro Municipal de São Paulo e Sala Cecília Meireles. Onheama subiu ao palco do mítico Teatro Amazonas em Manaus em 2014 e 2015, e foi produzida em 2016 na cidade alentejana de Serpa, no âmbito do Festival Terras Sem Sombra. Em 2018, Kawah Ijen estreou no Teatro Amazonas, tornando-se a primeira ópera a utilizar o gamelão javanês em conjunto com a orquestra. Desde sua criação em 2014, a ópera cómica O Diletante tem sido produzida em diferentes teatros. O monodrama Cartas Portuguesas resultado de uma encomenda conjunta da OSESP e Orquestra Gulbenkian, estreou em agosto de 2020 na Sala São Paulo e em novembro do mesmo ano em Lisboa. Em outubro de 2022, o CCB apresenta a estreia da versão sinfónica da ópera Domitila, em comemoração ao bicentenário da independência do Brasil. Carla Caramujo interpretará mais uma vez o papel da Marquesa de Santos acompanhada pela Orquestra Metropolitana de Lisboa.