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Caleidoscópio I | Sábado 22h00 | Segunda 13h00

Amor e Morte na Ópera | Bruno Caseirão

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Caleidoscópio I | Sábado 22h00 | Segunda 13h00 Caleidoscópio I | Sábado 22h00 | Segunda 13h00
 

A Antena 2 estreia uma nova série do programa Caleidoscópio I, intitulada Amor e Morte na Ópera, realizada pelo musicólogo Bruno Caseirão. Até ao final de Junho.

Sábados 22h00
Segundas 13h00

2 e 4 Abril - Antevisão de uma Revolução, As Bodas de Fígaro de Mozart, em diálogo com Guilherme d’Oliveira Martins

9 e 11 Abril - O Mito de Fausto vertido em ópera no Fausto de Gounod, em diálogo com Yvette Centeno 

16 e 18 Abril - Das trevas à Luz, a Flauta Mágica de Mozart, em diálogo com Mário Cordeiro

25 Abril - De Viena a Naxos, A Mitologia Grega no Romantismo tardio, Ariadne auf Naxos de Strauss, em diálogo com Frederico Lourenço

30 Abril  e 2 Maio - Coragem ou Inconsciência? Don Giovanni de Mozart, em diálogo com José Pacheco Pereira

Tristão e Isolda (A morte), 1910, de Rogelio de Egusquiza

O surgimento da ópera, ou dramma per musica (Drama em Música) como inicialmente se apelidava, está umbilicalmente ligado à Tragédia Grega. Em L'Orfeu de Claudio Monteverdi, a primeira grande ópera da História da Música, estreada em Mântua, em 1607, não só as personagens como o próprio enredo são retirados diretamente da Mitologia Clássica Greco‑Romana ou Latina.
Ao longo da evolução deste género musical, desde finais do Renascimento até aos nossos dias, foram inúmeros os compositores que incessantemente procuraram a osmose entre os Estados de Alma exacerbados e trágicos dos textos, e sua revivificação na ópera através de um complexo e elaborado processo de (re)caracterização dramatúrgico-musical. 
A interpretação da temática do Amor e da Morte, que está na génese do próprio género operático, foi sendo aprofundada, recriada e ampliada através da inclusão e surgimento de novas tendências e correntes, não só musicais como literárias e poéticas. Estas contribuíram de forma indiscutível para o sucesso da ópera enquanto género musical performativo por excelência, originando um corpus de verdadeira tradição operática, de forte cariz mitológico e literário intimamente associado à cultura europeia. 

Este ciclo, reconhecendo esta ligação profunda entre Cultura e Ópera, propõe dar a conhecer a interpretação que expoentes desta Cultura, entendida no seu sentido lato de ciência, filosofia, literatura, etc., têm de óperas paradigmáticas, partilhando como o seu mundo e entendimento lhes permitem interpretá-las e apreciá-las. 

Bruno Caseirão    


Para ouvir, clicar aqui.