"Pessoalmente, nunca matei ninguém. Eu era apenas o chefe do programa de extermínio."
Rudolph Hoess, responsável por Aushwitz entre 1940 e 1943
Rudolph Hoess, responsável por Aushwitz entre 1940 e 1943
Também por isso a cidade brasileira de Porto Alegre tornou o ensino do Holocausto obrigatório nas escolas públicas, à semelhança do que acontece noutros lugares do mundo.
Quando um grupo de professores portugueses visitou em 2008 o Yad Vashem, o grande memorial que em Israel preserva a história dos judeus mortos pelo nazismo, surgiu o projecto MemoShoá - Associação Memória e Ensino do Holocausto, fundada por Esther Mucznick, Paula e Ricardo Presumido e Marta Torres. Shoá significa holocausto, em Iídiche. Através de um sítio da internet, e de várias acções, a Associação procura sensibilizar as escolas e apoiar o trabalho dos professores porque, dizem, “nem os programas nem os manuais contemplam uma abordagem séria e rigorosa do Holocausto.” Disponibilizam materiais pedagógicos, organizam formações, debates e viagens, e divulgam os trabalhos que vão sendo feitos.
Os livros são o antídoto da ignorância. O garante de que não será pelo esquecimento que os erros se repetem. É notável o trabalho de Esther Mucznick na recolha e partilha de memória e de informação. Auschwitz - Um dia de cada vez diz-nos como era a monumental e monstruosa estrutura do principal campo de morte nazi, e de como Hitler teria sido bem inofensivo sem executantes tão capazes. Traz-nos histórias de resistência e de coragem, numa leitura que aperta a garganta. Indispensável.
Esther Mucznik no programa A Ronda da Noite, à conversa sobre o livro Auschwitz - Um dia de cada vez:
1ª parte
2ª parte
Luís Caetano