Jesse Eisenberg no papel de Mark Zuckerberg — Facebook, rivalidades e traições

23 Mar 2018 16:34

O filme “Jogo da Alta Roda”, com Jessica Chastain a interpretar uma promotora de jogos de poker é um prodígio de narrativa e arte do argumento cinematográfico. Acontece que o seu realizador, também argumentista, é Aaron Sorkin, por certo um dos mais brilhantes argumentistas do cinema contemporâneo, americano ou não — aliás, já ganhou um Oscar com o seu trabalho para o filme de David Fincher, “A Rede Social” (2010).

Outro Oscar ganho por “A Rede Social” foi para a respectiva banda sonora, assinada por dois nomes indissociáveis da história dos Nine Inch Nails: Trent Reznor e Atticus Ross — os seus ritmos e melodias revelam-se essenciais na definição do ambiente de rivalidades e traições que serve de pano de fundo à história central do filme, ou seja, o nascimento do Facebook.




Jesse Eisenberg, Andrew Garfield e Justin Timberlake interpretam três figuras centrais na gestação do Facebook: Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin e Sean Parker. Confrontam-se através de diálogos tensos, agressivos, reveladores, que definem a arte de Aaron Sorkin: um argumentista capaz de expor as zonas mais recônditas da natureza humana a partir das palavras, seus contrastes e contradições.

Aaron Sorkin, convém lembrar, estava muito longe de ser um principiante quando escreveu o argumento de “A Rede Social”, tendo o seu nome já ligado à série televisiva “The West Wing” (1999-2006), entre nós chamada “Os Homens do Presidente”. São dele também, por exemplo, os argumentos da série “The Newsroom” (2012-14) e do filme “Steve Jobs” (2015). Sorkin sabe encenar grandes dramas colectivos em que as diferenças individuais emergem de modo contundente, por vezes inevitavelmente conflituoso.

  • cinemaxeditor
  • 23 Mar 2018 16:34

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