29 Abr 2020 16:08

A Academia Portuguesa de Cinema (APC) entregou esta semana à Presidência da República, à Secretaria de Estado da Cultura e ao ICA- Instituto do Cinema e Audiovisual um documento que sintetiza os resultados de um inquérito enviado aos seus associados, sobre o impacto da pandemia do Covid 19 no cinema português.

De acordo com o mesmo, a generalidade dos inquiridos confirmou que tinha suspendido as rodagens e cerca de 30 % não sabe se voltará a rodar. Por outro lado, 80% dos profissionais confirmaram ter a sua retribuição baseada em recibos verdes (65%), ou similares (15%), não podendo por isso recorrer aos apoios definidos pelo Governo, até à data.

Apenas 57% confirma que planeia regressar à atividade depois de passada a pandemia. Há mesmo 3% dos inquiridos a informar que deixarão de exercer atividade no setor.

Na audiência concedida pelo Presidente da República ao Presidente da APC, na passada segunda feira, Paulo Trancoso manifestou “profunda preocupação quanto ao futuro do setor, caso não sejam acauteladas de imediato medidas de contingência que assegurem a sobrevivência económica individual e financeira das empresas e dos seus colaboradores”.

As medidas propostas pela APC assentam em 3 pilares:

  • Definição imediata de um Plano de Emergência que assegure a sobrevivência dos profissionais do cinema e audiovisual, para o qual a Academia Portuguesa de Cinema se disponibiliza a colaborar.
  • Concurso relâmpago com verbas para iniciativas online, e de burocracia mínima. Regresso às rodagens com equipas reduzidas e cuidados sanitários máximos.
  • Abertura gradual das salas de espetáculo, salvaguardando os cuidados sanitários necessários.

De acordo com a Academia Portuguesa de Cinema, o setor do audiovisual emprega direta e indiretamente mais de 20 mil profissionais, entre atores, realizadores, guionistas, argumentistas, técnicos de luz e som, e muitos outros.

  • CINEMAX
  • 29 Abr 2020 16:08

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