X-MEN O INÍCIO, de Matthew Vaughn  

Afinal, havia mais história

Foi preciso esperar pelo quinto filme da série "X-Men" para descobrir uma boa história e assistir à valorização das personagens.

Afinal, havia mais história
James McAvoy e Michael Fassbender: Charles Xavier e Magneto, os mutantes principais da prequela.
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 Afinal, havia mais história
X-Men: O Início Em 1963, Charles Xavier (James McAvoy), o Professor X, era ainda um adolescente. “X-Men: O Início” acompanha a sua amizade com Erik Lensherr (Michael Fassbender), Magneto, e as primeiras aventuras de ambos no domínio dos superpoderes. O que Charles Xavier ainda não sabia nesta altura é que esta amizade iria correr mal no futuro…

A série X-Men recomeça através de um episódio prévio que demonstra a origem e o contexto das suas personagens que foram evoluindo na trilogia. O argumento recua à década de 40 do século passado, centrando atenções em Charles Xavier e Magneto.

Erik Lehnsherr, (Michael Fassbender), o mutante que assume a identidade de Magneto, surge num campo de concentração nazi sendo maltratado por Sebastian Shaw (Kevin Bacon), um oficial alemão que pretende explorar os seus poderes. Erik sobrevive a essa experiência traumática e dedica a sua vivência a procurar o seu algoz. Ele alia-se ao telepata Charles Xavier (James McAvoy) no âmbito de um programa operacional da CIA destinado a agregar vários mutantes.

O filme utiliza a crise dos misseis cubanos para contextualizar a ação, ancorando, de forma muito eficaz, as suas personagens em incidentes históricos - Xavier e Erik aliam-se para impedir que Sebastian Shaw provoque uma III Guerra Mundial, mas também assumem as suas divergências definitivas em relação ao modo como devem lidar com a raça humana.

Esta prequela valoriza uma herança geo política da II Guerra Mundial, relembrando que este período é o berço de diversas aventuras de heróis de novelas gráficas norte-americanas.

É o filme com mais enredo de todos os episódios da série, dignificando as personagens - o que faz sentido numa série com tantos heróis - e os actores, destacando-se os desempenhos de James McAvoy e Michael Fassebender, num óptimo confronto. Enfim, a série resiste à ausência de Wolverine, o mais carismático herói, que surge apenas num instante fugaz e bem conseguido.

Os filmes anteriores nunca tinham definido as características únicas destes heróis. Ao fazê-lo, a prequela ganha o estatuto de melhor filme desta série, algo que à partida não é fácil já que conhecemos a evolução e o desfecho desta história.

Crítica de Tiago Alves actualizado às 01:51 - 10 junho '11
publicado 01:18 - 10 junho '11

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