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Doc Lx, dia 5: regresso às origens
O mundo e o século XX revisitados pela maior retrospectiva de sempre dos filmes de Joris Ivens, o pai do documentário
Joris Ivens nasceu em 1898 e desde cedo começou a captar a realidade à sua volta, como ninguém na altura.
A retrospectiva no Doc Lx, em colaboração com a cinemateca portuguesa, que fez uma revisão da carreira do cineasta ainda durante a década de 80, permite uma viagem que percorre o mundo durante o século passado, e a descoberta das primeiras impressões que deram origem ao cinema documental.
A viúva de Joris, Marceline Loridan Ivens, que o acompanhou e que também faz cinema em nome próprio, está em Lisboa e sublinha a importância de ver quase a totalidade da carreira do cineasta que começou a desbravar caminho no cinema documental.
É um homem que atravessou quase um século, correu de conflito em conflito, de luta em luta, comprometido com o seu tempo, sem deixar de ter uma visão política mas também poética. Um dos exemplos da visão artística é "Une Histoire de Vent", em que tenta filmar o vento invisível, e que lhe valeu um leão de ouro em Veneza.
A sugestão para hoje é uma escolha pessoal de Marceline. "Spanish Earth" foi o primeiro filme que viu de Joris Ivens, ainda não o conhecia, nem sonhava que iria fazer filmes. Uma obra de 1937, com a voz de Orson Welles e as palavras escritas por Hemmingway.´
Segunda-feira: "Spanish Heart" passa no Cinema City Classic de Alvalade, às 19h30.
> ouça áudio reportagem de Lara Marques Pereira