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Doc Lx, dia 9: zonas de perigo
Uma dupla de realizadores palestinianos conseguiu entrar na Faixa de Gaza, após os bombardeamentos em final de 2008; dois irmãos portugueses filmaram a realidade da mais dura favela brasileira
Em Dezembro de 2008 o exército israelita lançou uma operação na faixa de Gaza que só viria a terminar no dia 20 de Janeiro 2009. No dia seguinte ao cessar fogo, Samir Abdallah e Khéridine Mabrouk aproveitaram a entrada de uma equipa médica francesa, para chegar ao cenário do filme "Gazastrophe".
Estavam à espera da devastação, mas os raids israelitas foram demasiado alargados e cirúrgicos. Um milhão e 500 mil pessoas, a totalidade dos habitantes da Faixa de Gaza, foram possíveis alvos, sem escape e sem a protecção de edifícios da ONU, que também foram bombardeados.
"Gazastrophe" mostra o que as televisões não conseguem captar - até porque foram proibidas por Israel de entrar em Gaza durante o ataque. O que ficou registado é o dia seguinte, vivido por entre os destroços, também a dignidade de um povo que após os ataques tentava reconstruir a vida, as habitações e os campos de cultivo.
No Brasil, a mais perigosa das favelas, foi visitada ao longo de dois anos pelos irmãos Mário e Pedro Patrício, o resultado é o filme "Complexo - Universo Paralelo".
Os dois portugueses que ousaram viver a aventura de frequentar a favela Complexo do Alemão criaram amizades, cumplicidades e imagens únicas, semelhantes às que já vimos mas em filmes de ficção.
Pobreza, crime, armas, drogas, batalhas campais com a polícia, são as rotinas da favela, cruzadas com os depoimentos que vão desde os que não têm meios para sobreviver, até aos que cuidam e comandam, pela lei da bala e à margem da lei.
Sexta-feira, 22: "Gazastrophe" é exibido às 21h00 no cinema Londres | "Complexo - Universo Paralelo" é exibido às 21h00 no grande auditório da Culturgest