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João Salaviza abre horizonte em Cannes
"Arena", a segunda curta-metragem realizada pelo jovem João Salaviza, ganhou a Palma de Ouro.
Um espaço confinado e um homem sem possibilidade de movimento. Em “Arena” João Salaviza observa, em 15 minutos e utilizando sobretudo grandes planos, a condição de um jovem delinquente detido em casa.
Mauro tem uma pulseira electrónica prisional e tenta ganhar algum dinheiro fazendo tatuagens. Três jovens chegam a casa dele e exigem a devolução de 20 euros por causa de uma tatuagem mal feita. Agridem-no, recuperam o dinheiro e fogem, deixando Mauro hesitante entre ficar e sair pondo em causa a liberdade condicional.
João Salaviza, 25 anos, estudou na Escola Superior de Cinema e Teatro, ganhou a Palma de Ouro no festival de Cannes com uma curta-metragem filmada em Chelas.
O realizador pretende continuar a filmar ali sem qualquer preocupação sociológica. Admite que a Palma implica responsabilidade mas não pretende mudar o caminho traçado.
A selecção oficial incluia nove curtas-metragens que foram escolhidas entre um universo de 3.600 filmes propostos à direcção do festival.
