Bibi Andersson e Victor Sjöström — a memória e as suas imagens em

15 Abr 2019 0:04

Sara, uma das memórias radiosas do professor Borg (Victor Sjöström) em "Morangos Silvestres" (1957)…

Alma, a enfermeira que toma conta da silenciosa Elisabet (Liv Ullmann) em "Persona/A Máscara" (1966)…
Karin, a mulher casada que se apaixona por David (Elliott Gould), em "O Amante" (1971)…
Transparente e misteriosa, Bibi Andersson assumiu todas essas personagens no cinema de Ingmar Bergman (além dos citados, participou em mais oito dos seus filmes), a ponto de não ser possível defini-la sem começar por lembrar que foi uma das actris "bergmaniana", por excelência, emblemática do seu universo criativo — desde 2009, a sua existência estava fortemente condicionada pelos efeitos de um AVC; faleceu no dia 14 de Abril, em Estocolmo, contava 83 anos.
O seu talento exprimiu-se no cinema e no teatro, tendo sido dirigida, também no palco, por Bergman (por exemplo, numa encenação de "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?", de Edward Albee, em 1962).
Embora sempre ligada à cinematografia do seu país, a Suécia, surgiu também em produções de outros países, algumas delas com significativa repercussão internacional — o exemplo mais conhecido será, por certo, o filme de Gabriel Axel, "A Festa de Babette", que valeu à Dinamarca o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1987.
Na produção dos EUA trabalhou, por exemplo, sob a direcção de John Huston ("A Carta do Kremlin", 1970) e Robert Altman ("Quinteto", 1978). Entre os seus derradeiros títulos inclui-se "The Frost" (2009), co-produção Noruega/Espanha dirigida por Ferran Audí, adaptando uma peça de Henrik Ibsen.
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* Trailer de "Persona" (1966), apresentado pela Austin Film Society.

  • cinemaxeditor
  • 15 Abr 2019 0:04

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