Morreu Leonardo Cimino, o ator improvável

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Morreu Leonardo Cimino, o ator improvável

Leonardo Cimino morreu a semana passada, aos 94 anos, de doença pulmonar, mas a notícia só foi divulgada pela família no fim-de-semana.

Nascido nos Estados Unidos, em 1917, no seio de uma família de emigrantes italianos, Leonardo Anthony Cimino, começou a ligação às artes ainda na infância. Primeiro a estudar violino e depois interpretação, direção e dança.

Leonardo Cimino achava que as suas características físicas iriam impedi-lo de fazer uma carreira como ator, mas o seu rosto e figura invulgares abriram-lhe as portas do teatro e do cinema, onde continuou ao longo de mais de 6 décadas. Franzino e de cara fina, começou por ser convidado pelo ator José Ferrer para fazer um papel na peça "Cyrano de Bergerac", em 1946, na Broadway.

Cimino interpretou depois Vincent Van Gogh, também na Broadway, em "Vincent", estreado em 1959.

O sucesso no teatro levou-o primeiro à televisão e depois ao cinema, onde fez sobretudo papéis de gangster ou de padres.

Estreou-se em 1961 em "Mad Dog", o filme que marcou também as estreias de Gene Hackman e Telly Savalas. Voltou a fazer de mafioso no filme realizado e interpretado por James Caan, em 1980, "Separação". Leonardo deu vida ao Papa em "Monsenhor", de 1982, e contracenou com Marlon Brando em "Um Novato na Máfia", em 1990.

O ator trabalhou ainda com Woody Allen, Philip Seymour Hoffman, Bruce Willis, Kevin Kostner.

O seu último filme foi o thriller "Antes que o Diabo Saiba que Morreste", de Sidney Lumet, há 5 anos.

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publicado 13:23 - 12 março '12

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