3 Abr 2015 15:14

O realizador Manoel de Oliveira rodou "Visita ou Memórias e Confissões", em 1982, para ser mostrado publicamente só após a sua morte e a exibição será feita "nas próximas semanas", disse à Lusa o diretor da Cinemateca, José Manuel Costa.

"É um filme que ele faz, que começa por ser uma referência à casa onde vivia, que teve de deixar por vicissitudes da sua vida. Ao despedir-se da casa quis lembrar coisas da sua vida. Tem um caráter pessoal que, devido a isso, ele pediu para só ser divulgado amplamente depois do seu falecimento", referiu José Manuel Costa.

O filme conta com texto da escritora Agustina Bessa-Luís, vozes de Diogo Dória e Teresa Madruga, e o realizador depositou uma cópia na Cinemateca Portuguesa.
José Manuel Costa explicou à Lusa que o filme deverá ser mostrado no final de abril ou início de maio, em concordância com a família, em Lisboa e no Porto.

"Visita ou Memórias e Confissões" é "um testemunho pessoal numa fase em que ele podia ainda não ter a visão do que era a sua obra seguinte. Mas já passou tanto tempo!", exclamou o diretor.

Segundo o responsável, Manoel de Oliveira quis reservar a exibição para depois da morte, não porque quisesse ocultar qualquer facto, mas porque tem a ver com a vida dele. "É uma memória pessoal".

  • Cinemax com Lusa
  • 3 Abr 2015 15:14

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