John G. Avildsen e a imagem de marca do

17 Jun 2017 3:19

Nascido em 1935, em Oak Park, Illinois, John G. Avildsen tinha 41 anos quando ganhou o Oscar de melhor realização por "Rocky" (1976). Faleceu em Los Angeles, no dia 16, vitimado por cancro no pâncreas — contava 81 anos.

O seu envolvimento com o cinema começou em meados dos anos 60, tendo trabalhado nas áreas de montagem e produção, nomeadamente para cineastas como Otto Preminger ou Arthur Penn. A afirmação na realização ocorreu sobretudo através de "Joe" (1970), um thriller com Peter Boyle, e "Sonhos do Passado" (1973), drama que valeu um Oscar a Jack Lemmon.
"Rocky" mudou a sua imagem no interior da grande indústria, por causa dos Oscars — incluindo o de melhor filme de 1976 (batendo, entre outros, "Taxi Driver") —, mas sobretudo pela revelação de um novo herói: o pugilista criado e interpretado por Sylvester Stallone correspondia, afinal, a uma necessidade de recriação de um modelo clássico de heroísmo, idealmente à imagem de uma nova América.

À boa maneira dos artesãos clássicos, o nome de Avildsen foi surgindo associado aos mais diversos géneros, desde o drama policial ("A Fórmula", 1980, com Marlon Brando e George C. Scott) à comédia burlesca ("Mas que Vizinhos", 1981, com John Belushi e Dan Aykroyd). O grande sucesso voltaria com "The Karate Kid" (1984) — entre nós chamado "Momento de Verdade" — e as respectivas sequelas, lançadas em 1986 e 1989.
Reencontrou-se com Stallone em "Rocky V" (1990), embora já sem o impacto do original.  Notícias recentes indicavam que estaria a preparar "Nate & Al", com Richard Dreyfuss. Entretanto, ainda este ano, deverá ser lançado o documentário "John G. Avildsen: King of the Underdogs", de Derek Wayne Johnson — nele se incluem depoimentos, entre outros, de Stallone, Morgan Freeman, Sigourney Weaver, Martin Scorsese e John Travolta.
  • cinemaxeditor
  • 17 Jun 2017 3:19

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