Obituário
Nora Ephron (1941 - 2012)
A realizadora, argumentista e jornalista foi reconhecida pelas suas comédias românticas.
A cineasta Nora Ephron, nomeada para os Oscars pelos argumentos das comédias românticas "Um Amor Inevitável" (When Harry Met Sally) e "Sintonia de Amor" (Sleepless in Seattle), morreu na terça-feira com 71 anos. A realizadora e escritora faleceu de pneumonia devido a uma leucemia.
O mayor de Nova Iorque, Michael Bloomberg, salientou que "a perda de Nora Ephron é uma devastadora notícia para as artes e a comunidade cultural da cidade. Os livros, filmes e obras que filmou na cidade serão desfrutados por gerações".
O Sindicato de Realizadores da América reagiu à morte de Ephron dizendo que ela foi uma "inspiração para todas as realizadoras, quando ainda havia muito poucas" nesta indústria.
Nascida em 19 de maio de 1941, em Nova Iorque, Ephron começou sua carreira como jornalista, trabalhando para Newsweek, New York Post e Esquire, antes de se consagrar como argumentista, realizadora e produtora, basicamente de comédias românticas.
Nora Ephron escreveu um dos filmes mais representativos do género: "Um Amor Inevitável" (1989), com Meg Ryan e Billy Crystal, que lhe valeu a indicação ao Oscar de melhor argumento. Quatro anos depois, Ephron obteve outra nomeação para o Oscar, com "Sintonia de Amor" (1993), protagonizado por Meg Ryan e Tom Hanks.
Nora Ephron foi nomeada para os Oscars uma terceira vez pelo drama “Reacção em Cadeia” (Silkwood), no qual Meryl Streep desempenha o papel de uma activista anti-nuclear.
O seu último filme foi "Julie & Julia" (2009), filme que escreveu, produziu e dirigiu baseado no livro de que Julie Powell escreveu sobre as receitas da chef Julia Child (Meryl Streep foi nomeada para o Oscar de melhor atriz).
Ephron casou-se três vezes e vivia desde há 20 anos com o argumentista Nicholas Pileggi. O seu segundo marido, Carl Bernstein, foi um dos jornalistas que revelaram o escândalo do Watergate, que terminou com a renúncia do presidente republicano, Richard Nixon, em agosto de 1974. Ephron ajudou a reescrever uma versão do filme "Os Homens do Presidente" (All The President’s Men) baseado nesse escândalo político.
Esse argumento nunca foi utilizado mas permitiu-lhe investir na indústria do entretenimento e iniciar a sua atividade nessa área e na escrita de séries televisivas.
Antes de morrer, Ephron estava a trabalhar num filme biográfico sobre a cantora Peggy Lee que deveria ser interpretada pela actriz Reese Witherspoon.
por Cinemax
publicado 12:20 - 27 junho '12