Animação • Mais Cinema • Cinema Norte-americano • 3D  

Os heróis de "Toy Story" chegaram ao terceiro capítulo da sua saga. E também ao 3D: pioneira da animação digital, a Pixar continua a contar histórias para públicos de todas as idades.

O algarismo "3" no novo capítulo de "Toy Story" não tem a ver apenas com o fecho de uma trilogia. Desta vez, o cowboy Woody, o astronauta Buzz Lightyear e todos os outros brinquedos de Andy surgem com o complemento digital da moda, ou seja, o 3D.

Será que os resultados desta emblemática produção da Pixar são fundamentalmente diferentes por causa das três dimensões? Em boa verdade, parece que não. Ou seja: o 3D surge mais como um factor de marketing do que propriamente como um enriquecimento, formal ou narrativo, do próprio filme.

É, apesar de tudo, uma questão secundária (certamente não do ponto de vista do mercado, já que os bilhetes dos filmes em 3D são mais caros...), quanto mais não seja porque "Toy Story 3" vale, acima de tudo, pelo modo inteligente como é prolongada a história destes pequenos heróis "inanimados".

Estamos perante um belo exemplo de um princípio criativo que, em boa verdade, é tão antigo quanto a animação dos estúdios Disney (que, aliás, agora são os proprietários da Pixar): o essencial joga-se, não na técnica, mas na história que se conta. E a história de "Toy Story 3" sabe colocar em jogo a questão central da passagem do tempo e, muito em particular, as mudanças da infância para a adolescência.

Ou ainda: será que, ao seguir para a universidade, Andy vai abandonar os seus brinquedos? A resposta tem tanto de drama como, por vezes, quase de filme de terror. Quase... já que este é um produto que nasce das estratégias mais abrangentes de Hollywood, visando, por isso mesmo, os públicos de todas as idades.

TOY STORY 3 (3D) Os criadores dos filmes "Toy Story" reabrem a caixa de brinquedos e trazem de volta aos espectadores o mundo encantador de Woody, Buzz e do gangue de personagens favoritas em Toy Story 3. Os brinquedos são lançados numa sala cheia de crianças endiabradas, que mal podem esperar para colocar as suas mãos pegajosas nestes "novos" brinquedos. Gera-se um pandemónio à medida que os brinquedos se tentam manter juntos, assegurando-se que "nenhum brinquedo fica para trás". De Lee Unkrich com Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack; Animação; M/6; EUA; 2010  >Ouça a crítica de João Lopes