Lee Byung-Hun em

8 Dez 2020 18:34

"The Man Standing Next", drama político e de espionagem realizado por Woo Min-ho, tem a responsabilidade de suceder a "Parasita" como proposta do cinema sul-coreano para a próxima edição dos Óscares. O ano passado, o filme de Bong Joon-ho conseguiu o feito inédito de triunfar ao mesmo tempo nas categorias de melhor filme internacional e melhor filme na 92.ª edição dos prémios da academia norte-americana de cinema.

A história, passada nos anos 70 do século XX, durante o período de lei marcial e governo autoritário do Presidente Park é um de quase 90 filmes propostos à academia norte-americana, de onde serão escolhidos nove para uma shortlist intermédia a anunciar a 9 de fevereiro 2021 que, por fim, dará origem aos cinco nomeados. As nomeações nas 23 categorias (menos uma do que antes, com a passagem de melhor mistura e montagem sonoras a apenas um prémio designado por "Melhor Som") serão conhecidas a 15 de abril. A entrega dos prémios terá lugar a 25 de abril 2021, dois meses após o previsto antes da pandemia.

O número de países a submeter filmes tem crescido de forma significativa nos últimos anos. Foram 46 em 2000, 66 em 2010, e na 92.ª edição, apresentada em fevereiro de 2020 – a segunda sob a nova designação de "Melhor Filme Internacional" que substituiu a antiga categoria de "Melhor Filme Estrangeiro" – chegou ao novo recorde de 94 (embora uma das propostas, da Nigéria, tenha acabado por ser excluída).

Para a 93.ª edição, a quantidade baixou um pouco, com 89 títulos submetidos e três estreias absolutas. Pela primeira vez, integram a lista longas-metragens do Lesotho, Sudão e Suriname.

A Itália e a França dominam a contabilidade dos vencedores nesta categoria dos Óscares, destinada a filmes com duração superior a 70 minutos, produzidos fora dos EUA e com diálogos falados predominantemente noutro idioma que não o inglês. Os Italianos ganharam 14 vezes e a França, 12. O grupo dos terceiros países com mais vitórias, que inclui Espanha e Japão, recebeu apenas três estatuetas cada.

Contando as nomeações, é a França que surge na frente, com 40 nomeações, seguida da Itália com 31, da Espanha com 20, e do Japão e Suécia com 16 cada.

Este ano, os franceses enviam "Deux", de Filippo Meneghetti, o dilema interpretado por Barbara Sukowa e Martine Chevallier, duas vizinhas idosas que também são amantes há décadas.

Os italianos apostam no documentário "Notturno", de Gianfranco Rosi, que acompanhou aqueles que tentam sobreviver em zonas devastadas pela guerra no Iraque, Curdistão, Síria e Líbano.

"Und morgen die ganze Welt", de Julia von Heinz, representa a Alemanha com um retrato do radicalismo político atual naquele país.

O cinema espanhol envia aos Óscares "La trinchera infinita", vencedor dos prémios de melhor realização e melhor argumento em San Sebastian, dirigido a três por Jon Garaño, Aitor Arregi e Jose Mari Goenaga para contar a história de um homem que permanece escondido da ditadura franquista durante mais de trinta anos.

Da Rússia, "Dear Comrades", do consagrado Andrei Konchalovsky, prémio especial do júri em Veneza, recorda o massacre de operários durante uma manifestação em 1962, na cidade de Novocherkassk.

Outras entradas de destaque incluem "Druk", pela Dinamarca, de Thomas Vinterberg, "True Mothers", de Naomi Kawase, representando o Japão, "Mindanao", de Brillante Mendonza, pelas Filipinas, e "Lições de Persa", proposta Bielorrusa realizada por Vadim Perelman.

Portugal, como foi anunciado anteriormente, submeteu "Listen", de Ana Rocha de Sousa.
  • CINEMAX
  • 8 Dez 2020 18:34

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