Patrice Chéreau marcou prsença regular no festival de Cannes. Em 2003 chegou mesmo a presidir ao júri.
Obituário
Patrice Chéreau, autor de cinema, ópera e teatro.
O realizador de "A Rainha Margot" sucumbiu a um cancro. Tinha 68 anos.
O encenador francês Patrice Chéreau, um dos mestres da cena europeia durante mais de 40 anos, tanto no cinema como no teatro e na ópera, morreu na segunda-feira, na sequência de um cancro, aos 68 anos.
A sua última encenação "Elektra", de Richard Strauss, foi ovacionada em julho no festival lírico de Aix-en-Provence.
Foi considerado igualmente um grande cineasta, além de um grande mestre de cena no teatro e na ópera.
"Tinha uma vitalidade extraordinária", declarou à Agência France Presse Elizabeth Tanner, codiretora da Artemedia, agência artística que o representava.
Considerado, eclético e singular, Chéreau era conhecido pela exigência e enorme capacidade de trabalho.
Apaixonou-se pelo cinema e descobriu o teatro no liceu Luís - O Grande. Aos 16 anos, subiu ao palco, de onde não desceria mais.
Em 1962, manifestou-se contra a guerra na Argélia e apoiou Vaclav Havel, em Praga, no final de 1979. Em 2000, quando a extrema-direita participava no Governo austríaco, boicotou o festival de Salzburgo.
O seu trabalho inclui o épico "A Rainha Margot", de 1994, com o qual foi galardoado duas vezes no Festival de Cannes.
Do seu curriculo cinematográfico destaca-se um César (o equivalente francês aos Óscares)
para melhor realizador por "Quem Me Amar Irá de Comboio", o Urso de Ouro
em Berlim e o prémio Louis Delluc 2001 por "Intimidade", um filme
rodado em Londres que se baseia na obra de Hanif Kureishi.
Chéreau nasceu a 2 de novembro de 1944, em lézigné, a oeste de França, numa família de pintores, e morreu em Paris, vítima de cancro do pulmão.
por Tiago Alves
publicado 22:26 - 08 outubro '13