Obituário
Paulo Rocha (1935 - 2012)
O fundador do movimento estético Cinema Novo morreu com 77 anos.
Artigo recomendado:
Obituário
Fernando Lopes (1935 - 2012)
Um realizador fundamental em meio século da história do cinema português.
O cineasta português Paulo Rocha, autor de "Os Verdes Anos" (1963),
morreu na manhã deste sábado, com 77 anos. Com a
morte de Paulo Rocha, e depois do desaparecimento de Fernando Lopes (artigo recomendado),
perde-se mais uma das referências do Cinema Novo português.
Paulo Rocha começou por frequentar o curso de Direito na Universidade de
Lisboa, tendo iniciado a sua atividade no cinema em Paris, em 1959, onde
frequentou o Institut des Hautes Études Cinématographiques e obteve um diploma de realização.
Após a conlusão do curso tornou-se
assistente de realização do cineasta francês Jean Renoir em "Le Caporal
Épinglé" (1962). Quando regressou a Portugal trabalhou como assistente
de Manoel de Oliveira em "Acto de Primavera", em 1963, e em "A Caça"
(1964).
Estreou-se na realização nessa altura, com "Verdes Anos", um filme incontornável do cinema nacional e que se tornaria numa obra maior do movimento do Cinema Novo português, uma corrente estética fundada pelo realizador em Portugal (ver vídeo com introdução no final do artigo).
Os filmes de Paulo Rocha
contaram com a colaboração de diversos artistas seus contemporâneos,
como António Reis, Carlos Paredes, Jorge Silva Melo, Luís Miguel Cintra e
Luíza Neto Jorge. O realizador trabalhou com talentosos diretores de fotografia como Elso Roque e Acácio de Almeida.
"Verdes Anos" (1963), "Mudar de Vida" (1966), "A Pousada das Chagas"
(1972), "A Ilha dos Amores" (1982), "A Ilha de Amorais" (1984), "O
Desejado" (1988), "Máscara de Aço Contra Abismo Azul" (1989), "O Rio do
Ouro" (1998), "A Raiz do Coração" (2000), "As Sereias" (2001) e
"Vanitas" (2004) são os títulos mais marcantes do cineasta portuense.
Paulo Rocha desempenhou funções de diretor do Centro Português de Cinema, entre 1973 e 1974. Posteriomente, entre
1975 e 1983, foi adido cultural da Embaixada de Portugal em Tóquio,
onde se apaixonou pela vida e obra de Wenceslau de Moraes, tema da sua
longa-metragem "A Ilha dos Amores" (1982).
O realizador assinou também dois ensaios fílmicos consagrados a Manoel de
Oliveira e a Shohei Imamura, integrados na famosa série "Cinéastes de
Notre Temps".
Paulo Rocha morreu com 77 anos num hospital privado do Porto, a cidade onde nasceu em 22 dezembro de 1935.
<
O cineasta português Paulo Rocha, autor de "Os Verdes Anos" (1963),
morreu na manhã deste sábado, com 77 anos. Com a
morte de Paulo Rocha, e depois do desaparecimento de Fernando Lopes (artigo recomendado),
perde-se mais uma das referências do Cinema Novo português.
Paulo Rocha começou por frequentar o curso de Direito na Universidade de Lisboa, tendo iniciado a sua atividade no cinema em Paris, em 1959, onde frequentou o Institut des Hautes Études Cinématographiques e obteve um diploma de realização.
Após a conlusão do curso tornou-se assistente de realização do cineasta francês Jean Renoir em "Le Caporal Épinglé" (1962). Quando regressou a Portugal trabalhou como assistente de Manoel de Oliveira em "Acto de Primavera", em 1963, e em "A Caça" (1964).
Estreou-se na realização nessa altura, com "Verdes Anos", um filme incontornável do cinema nacional e que se tornaria numa obra maior do movimento do Cinema Novo português, uma corrente estética fundada pelo realizador em Portugal (ver vídeo com introdução no final do artigo).
Os filmes de Paulo Rocha contaram com a colaboração de diversos artistas seus contemporâneos, como António Reis, Carlos Paredes, Jorge Silva Melo, Luís Miguel Cintra e Luíza Neto Jorge. O realizador trabalhou com talentosos diretores de fotografia como Elso Roque e Acácio de Almeida.
"Verdes Anos" (1963), "Mudar de Vida" (1966), "A Pousada das Chagas" (1972), "A Ilha dos Amores" (1982), "A Ilha de Amorais" (1984), "O Desejado" (1988), "Máscara de Aço Contra Abismo Azul" (1989), "O Rio do Ouro" (1998), "A Raiz do Coração" (2000), "As Sereias" (2001) e "Vanitas" (2004) são os títulos mais marcantes do cineasta portuense.
Paulo Rocha desempenhou funções de diretor do Centro Português de Cinema, entre 1973 e 1974. Posteriomente, entre 1975 e 1983, foi adido cultural da Embaixada de Portugal em Tóquio, onde se apaixonou pela vida e obra de Wenceslau de Moraes, tema da sua longa-metragem "A Ilha dos Amores" (1982).
O realizador assinou também dois ensaios fílmicos consagrados a Manoel de Oliveira e a Shohei Imamura, integrados na famosa série "Cinéastes de Notre Temps".
Paulo Rocha morreu com 77 anos num hospital privado do Porto, a cidade onde nasceu em 22 dezembro de 1935.
<
Os filmes de Paulo Rocha contaram com a colaboração de diversos artistas seus contemporâneos, como António Reis, Carlos Paredes, Jorge Silva Melo, Luís Miguel Cintra e Luíza Neto Jorge. O realizador trabalhou com talentosos diretores de fotografia como Elso Roque e Acácio de Almeida.
"Verdes Anos" (1963), "Mudar de Vida" (1966), "A Pousada das Chagas" (1972), "A Ilha dos Amores" (1982), "A Ilha de Amorais" (1984), "O Desejado" (1988), "Máscara de Aço Contra Abismo Azul" (1989), "O Rio do Ouro" (1998), "A Raiz do Coração" (2000), "As Sereias" (2001) e "Vanitas" (2004) são os títulos mais marcantes do cineasta portuense.
Paulo Rocha desempenhou funções de diretor do Centro Português de Cinema, entre 1973 e 1974. Posteriomente, entre 1975 e 1983, foi adido cultural da Embaixada de Portugal em Tóquio, onde se apaixonou pela vida e obra de Wenceslau de Moraes, tema da sua longa-metragem "A Ilha dos Amores" (1982).
O realizador assinou também dois ensaios fílmicos consagrados a Manoel de Oliveira e a Shohei Imamura, integrados na famosa série "Cinéastes de Notre Temps".
Paulo Rocha morreu com 77 anos num hospital privado do Porto, a cidade onde nasceu em 22 dezembro de 1935.
-
Cinema PortuguêsPaulo Rocha ou a arte de ser português Passado, presente e futuro: a obra de Paulo Rocha conjuga os vários tempos do ser (e não ser) português. Ver ou rever os seus filmes será ...
por Tiago Alves com Agência Lusa
publicado 16:46 - 29 dezembro '12