Patrick Fugit e Kate Hudson — uma aventura sob o signo do rock'n'roll

27 Jun 2019 23:41

Aconteceu a 30 de Maio de 2019: na mesma semana chegaram ao mercado português dois filmes marcados pela força do rock’n’roll — “Rocketman”, sobre Elton John, e “Verão”, evocando o rock de meados da década de 80 na União Soviética. São excelentes pretextos para revisitarmos esse verdadeiro hino à música popular que Cameron Crowe realizou no ano 2000, intitulado “Quase Famosos”.

Jimmy Hendrix é uma das presenças emblemáticas na banda sonora de “Quase Famosos”, a par de The Who ou Jethro Tull. Seja como for, no seu centro está uma banda fictícia, ou melhor, uma banda concretamente criada para a ficção que Cameron Crowe quis construir em torno de uma digressão americana na primeira metade da década de 70 — a banda chama-se Stillwater e é comandada pela personagem interpretada por Billy Crudup.


A figura central de “Quase Famosos” é o jovem jornalista que os acompanha, composto pelo também muito jovem Patrick Fugit. Na verdade, trata-se de uma evocação com muitas componentes auto-biográficas, já que o próprio Cameron Crowe começou a sua vida no mundo do espectáculo trabalhando como repórter da revista “Rolling Stone”. Mal saído da adolescência, descobre um mundo de muitos fascínios e muitas convulsões, a ponto de a personagem de Kate Hudson lhe dizer que ele é “demasiado doce” para o rock’n’roll.


Conduzido por um olhar delicado e romântico, mas também cru e desencantado, “Quase Famosos” apresenta uma invulgar colecção de actores, incluindo Frances McDormand, Anna Paquin e o admirável Philip Seymour Hoffman, no papel de um amargo crítico musical. Na banda sonora, encontramos também os Led Zeppelin, os Deep Purple, Elton John, David Bowie, Cat Stevens e ainda Joni Mitchell, com o seu mágico “River” — é uma canção do álbum “Blue”, lançado em 1971.

  • cinemaxeditor
  • 27 Jun 2019 23:41

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