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So biutiful, muy guapo
O autor de "Babel", "Amor Cão" e "21 Gramas" regressa com um drama rodado em Barcelona
Alejandro Gonzáles Iñárritu trouxe a Cannes um filme intenso, arrebatador e esperançoso como quis sublinhar na conferência de imprensa.
"Biutiful" põe a tónica no i como se diz na linguagem oral corrente, esvaziando o sentido ambivalente da correcta expressão escrita ("Beautiful").
No filme há uma forte personagem central, um mexicano chamado Uxbal ( Javier Barden) que vive no subúrbio de Barcelona e movimenta-se em actividades paralelas. Negoceia trabalho para emigrantes ilegais senegaleses e chineses; e serve-se das suas aptidões espirituais para contactar os mortos, a pedido dos seus familiares durante os funerais dos entes queridos.
Tem uma mulher que é doente bipolar e por essa razão tem comportamentos díspares; e duas crianças com necessidade de acompanhamento parental.
Tudo se complica quando Uxbal descobre que tem um cancro em fase terminal. No tempo que lhe resta quer reconciliar-se com o mundo que o rodeia.
"Biutiful" cativa o espectador desde o inicio do filme até ao fim, sendo uma reflexão crua mas feliz sobre a existência humana nos nossos dias e a procura de um sentido para a vida.