Duas irmãs em "As Ondas", o filme de Miguel Fonseca na sessão 3 Curtas.
Cinema Português
Três curtas, uma só sessão
Companhia Som e a Fúria exibe três curtas-metragens no cinema City Classic Alvalade em Lisboa. Um programa onde a força dos elementos é um denominador comum.
Trailer/Cartaz/Sinopse:
3 Curtas: "Sinais de Serenidade por Coisas Sem Sentido", "As Ondas" e "Solo"
"Sinais de Serenidade por Coisas Sem Sentido"
Quando as brasas ou faíscas de fogo se pegarem ao vaso de água denota vento. Quando os montes ecoarem muito e o mar fizer grande ruído, denota ventos tempestuosos e tempestades no mar. Quando, ao amanhecer, aparecer muita névoa, denota serenidade por dois dias. A ver vamos.
" Ondas"
Diante de mim, paisagens da costa, verdadeiramente belas. ...
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3 Curtas, uma sessão - reportagem de Carla Henriques
As curtas-metragens "Sinais de Serenidade por Coisas sem Sentido", de Sandro Aguilar, "As Ondas", de Miguel Fonseca, e "Solo", de Mariana Gaivão, todas produzidas por O Som e a Fúria, estão em exibição esta semana numa sala de cinema de Lisboa (ouça os realizadores na reportagem Cinemax rádio).
Os três filmes, que têm integrado o circuito internacional de festivais, têm agora uma estreia em sala, uma iniciativa rara no que toca a curtas-metragens nacionais, que muitas vezes não chegam ao circuito comercial.
"Solo", protagonizado pela atriz Isabel Abreu, no papel de uma bombeira, é o primeiro filme de Mariana Gaivão, que tem trabalhado em cinema, sobretudo em montagem, ao lado de realizadores como Marco Martins, João Pedro Rodrigues e João Salaviza.
Em "Solo", Mariana Gaivão regista, sem palavras, um acidente protagonizado por uma bombeira durante o combate a um incêndio florestal.
Em 2012, o filme foi eleito a melhor curta-metragem internacional no Festival du Nouveau Cinéma, no Canadá.
Se em "Solo" se sente a imponência da floresta, em "Ondas", escrito e realizado por Miguel Fonseca, é o mar que ganha força.
Terceira curta-metragem de Miguel Fonseca, 40 anos, o filme foca-se em duas gémeas - papéis assumidos por Andreia e Alice Contreiras - e na ida rotineira à praia, ficando uma em terra, por problemas de saúde, e a outra no mar, a surfar.
"Ondas", que sucede a "Alpha" (2008) e "I Know You Can Hear Me" (2010), já foi exibido em cerca de vinte festivais, tendo recebido em Bucareste, em 2012, o prémio de melhor fotografia.
O realizador Sandro Aguilar, que produziu "Ondas" e "Solo", apresenta nesta estreia conjunta a curta-metragem "Sinais de Serenidade por Coisas sem Sentido", protagonizada por Isabel Abreu, Cristóvão Campos e Albano Jerónimo.
"A maior parte dos meus filmes tem a ver com habitar essa fronteira entre vida e morte. Tem a ver com mudar as regras do jogo, e anda muito à volta desta tensão operativa entre estar vivo e morto. Parece-me mais sugestivo trabalhar sobre esse momento de transição", justifica o realizador, no dossier de imprensa.
Sandro Aguilar, 39 anos, premiado realizador e produtor - fundou a produtora O Som e a Fúria - tem feito cinema sobretudo no pequeno formato, tendo já assinado uma dezena de curtas-metragens, entre as quais "Estou Perto" (1998), "Arquivo" (2007), "Mercúrio" (2010) e "Dive: Aproacch and Exit", que esteve em competição no IndieLisboa.
É ainda autor da longa-metragem "A Zona" (2008).
por Cinemax com Lusa
publicado 19:51 - 02 maio '13