Veneza, dia 6: Simón Bolívar way
Oliver Stone com o presidente venezuelano durante as filmagens.
Os dois estiveram juntos no Festival de Veneza

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Veneza, dia 6: Simón Bolívar way

Oliver Stone desceu ao sul da América para dimensionar a influência de Hugo Chávez.

A relação de Oliver Stone com figuras presidenciais é duradoura e o grande público conhece essa faceta sobretudo através das ficções políticas como "Nixon", "JFK" e o recente "W." uma espécie de biografia corrosiva de George W. Bush.

Mas Oliver Stone aprofundou esse seu interesse num registo documental, em "Comandante", onde entrevistou o ex-presidente cubano Fidel Castro. 

Nos primeiros meses deste ano, Stone rumou a Caracas e acompanhou o presidente Hugo Chávez, registando a sua actividade e o seu pensamento político.

A viagem até à América Latina incluiu encontros com Fernado Lugo (Paraguai), Lula da Silva (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia) e Raúl Castro (Cuba).

Todos falam da influência de Chávez na mudança do paradigma político sul americano - oposição aos interesses europeus, à agenda norte-americana e às regras ditadas pelo Fundo Monetário Internacional.

"South of the Border", exibido na selecção oficial fora de competição, é um documentário que mostra Chávez como o seguidor da revolução protagonizada por Simón Bolívar e defensor do ideário de uma América latina unificada. 
  
Oliver Stone concretiza um objecto político conseguido mas que não traduz essa mudança em factos sociais relevantes. No fundo pretende contrapor uma outra imagem de Chávez, diferente daquela que é transmitida pelos media ocidentais e que muitas vezes encaram o presidente venezuelano de forma preconceituosa.

Nesse sentido é um documentrio feito contra uma comunicação social maniqueísta e que é incapaz de alcançar uma dinâmica mais ampla. 


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