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Veneza, dia 6: sendo Joaquin Phoenix

Actor brilhante ou rapper duvidoso? Ele quer é ser verdadeiro e aceite tal como é

A exibição do documentário "I'm Still Here", que o actor Casey Affleck realizou sobre o o seu cunhado e actor Joaquin Phoenix deixa o festival de Veneza perplexo - afinal, o que é posto em cena é verídico ou falseado?

Casey estreou-se na realização acompanhando Phoenix durante ano e meio, desde que ele anunciou a intenção desistir do cinema para ser um rapper - "Two Lovers", de James Gray, permanece como o seu derradeiro filme.

O filme inclui momentos íntimos do actor, e mostra-o desleixado fisicamente e em diversas situações onde sobressai o pior do seu carácter.

A decisão de Phoenix continua a ser difícil de entender e até se tornou em motivo de paródia - afinal, o actor de "Gladiador" e "Walk the Line" cessou a actividade no cinema e passou a compor música duvidosa.

Mas o documentário mostra claramente que Joaquin Phoenix quis romper com o meio do cinema - os agentes, a escolha de papéis, o circuito de promoção dos filmes - para alcançar uma actividade mais verdadeira. Ele quer ser comprerendido e aceite por algo genuíno, seja como rapper ou exibindo-se neste documento.

Mesmo parecendo um filme com momentos encenados, "I'm Still Here" é um documento espantoso porque contribuiu para compreender melhor quem é Joaquin Phoenix e aquilo que o motiva.


^{>Ouça a crítica de Tiago Alves}