John Williams, nome emblemático da história da música em cinema

28 Abr 2018 0:39

Como bem sabemos, Meryl Streep é um caso especial na história dos Oscars: nada mais nada menos que 21 nomeações, recorde entre os actores e actrizes. Em todo o caso, quando observamos a história mais geral de todas as personalidades mais vezes nomeadas para um Oscar, importa não esquecer que o compositor John Williams é o recordista absoluto: já foi nomeado 51 vezes — e a 51ª foi este ano com o novo episódio de “Star Wars”.


A obra de John Williams é imensa e imensamente diversificada. Aliás, é preciso recordar também que ele não é apenas um compositor de cinema, tendo um impressionante curriculum que inclui música de câmara, concertos para violino e orquestra e várias sinfonias. De qualquer modo, é um facto que o seu nome está fortemente associado à dimensão mais espectacular do cinema — de “Star Wars”, com George Lucas, às aventuras de Indiana Jones filmadas por Steven Spielberg.



Escutamos esta música e lembramo-nos logo de Harrison Ford, com o seu chapéu e o emblemático chicote. Mas não podemos condensar a história do compositor nos seus trabalhos mais conhecidos. O nome de John Williams tem estado também associado a diversas canções que se tornaram símbolos exemplares de alguns filmes. Um dos casos mais singulares está na banda sonora do primeiro título da série “Sozinho em Casa”, com Macaulay Calkin — foi John Williams que compôs o cântico de Natal “Somewhere in My Memory”; aconteceu em 1991.


John Williams celebrou 86 anos no dia 8 de Fevereiro de 2018. Já ganhou cinco Oscars, o último dos quais em 1994, com “A Lista de Schindler”, de Steven Spielberg. O certo é que as suas canções nunca foram reconhecidas por qualquer estatueta dourada. Ainda assim, o seu trabalho nesse campo há muito se fixou no imaginário da música popular. Recordemos o caso de “Moonlight”, tema com data de 1995, composto para a banda sonora de “Sabrina”, de Sydney Pollack. “Moonlight” surgia no genérico final, na voz elegante e enigmática de Sting — é uma canção genuinamente romântica, apetece dizer, à moda antiga.



* Eis o tema de "Tubarão" (1975), de Steven Spielberg, numa performance da Boston Pops Orchestra dirigida pelo próprio John Williams.

  • cinemaxeditor
  • 28 Abr 2018 0:39

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