Daniel Ramos garante que Marítimo está apenas focado em vencer

por Lusa
Daniel Ramos convencido de que vai continuar no Marítimo Lusa

O treinador do Marítimo, Daniel Ramos, assegurou esta sexta-feira que a equipa madeirense só pensa em ganhar no sábado, em casa, o Vitória de Guimarães, na partida da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

O objetivo passa por colocar um ponto final numa série de nove jogos sem vencer no campeonato, "sem pensar em mais nada".

"Neste momento, o foco são os três pontos, uma vitória, para voltarmos a entrar num ciclo positivo, podermos festejar como temos vindo a tentar e dar uma alegria à nossa massa associativa", afirmou o técnico, em conferência de imprensa, realizada após o treino no Estádio de Machico.

Apesar de não terem vencido na última jornada, o empate (0-0) obtido fora diante do Desportivo das Aves significou a conquista de um ponto após três desaires consecutivos, o que reforça os níveis anímicos dos insulares para o jogo nos Barreiros.

"Senti que os jogadores querem dar continuidade ao que já conseguimos fazer na Vila das Aves e, por isso, estamos com ambição e com o pensamento bem positivo para este jogo", referiu.

O Vitória de Guimarães também atravessa uma fase delicada, com sete derrotas nas últimas nove partidas da I Liga e a goleada de 5-0 sofrida em casa frente ao rival Sporting de Braga no último fim de semana, que ditou a saída de Pedro Martins, levando o treinador da equipa B, Vítor Campelos, a orientar os vimaranenses no encontro de sábado.

"O Guimarães também está a passar um momento difícil. Vamos respeitá-lo. Sabemos que tem valor. As mudanças de treinador trazem algo de diferente, pelo menos, do ponto de vista anímico e um demonstrar de querer inverter a situação. O Guimarães está a tentar reagir e preparámo-nos para isso", analisou Daniel Ramos.

A ‘chicotada psicológica' no adversário não é novidade, pois já aconteceu por quatro vezes nesta temporada (além do Vitória de Guimarães, também Estoril Praia, Paços de Ferreira e Belenenses mudaram de treinador antes de enfrentarem o Marítimo).

"Se calhar é um recorde", foi o comentário deixado por Daniel Ramos sobre esse facto curioso.

Com a barreira dos 30 pontos atingida, as atenções estão viradas agora para os 40 pontos e, para os somar, o treinador dos maritimistas pretende ver golos - o Marítimo não marca há três jogos - pois dá "mais possibilidades" de conseguir vitórias.

O Marítimo, oitavo classificado, com 30 pontos, recebe o Vitória de Guimarães, nono, com 29, no sábado, pelas 18h15.
"Sinto-me treinador do Marítimo"
O treinador do Marítimo disse que não é treinador a prazo e não comentou um possível interesse do Vitória de Guimarães, adversário dos insulares no sábado, na 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

"(Treinador a prazo?) Não. Sinto-me treinador do Marítimo. Com grande orgulho, com grande dignidade, da mesma forma que cheguei no primeiro dia. Com ambição idêntica e com o sentimento de que quero continuar muito tempo na I Liga, muito tempo ao serviço do Marítimo e a continuar a somar sucessos", respondeu na conferência de imprensa de antevisão do jogo nos Barreiros.

Na semana em que ficou a saber que está nomeado para o prémio de Treinador Revelação de 2017, juntamente com Nuno Manta Santos, do Feirense, e António Folha, da equipa B do FC Porto, Daniel Ramos viu o seu nome ser associado ao Vitória de Guimarães, que despediu Pedro Martins.

O assunto foi prontamente desvalorizado pelo técnico, natural de Vila do Conde, que se limitou a dizer: "Nem vou comentar".

No sábado, dia em que o Marítimo mediu forças no terreno do Desportivo das Aves, jogo que terminou empatado (0-0), o Jornal da Madeira avançou que Daniel Ramos deixava o comando técnico caso perdesse essa partida.

"Lamento, principalmente quando são notícias locais. O respeito por esta instituição, pelo treinador, pela sua equipa devia ser maior, atendendo ao que foi feito, atendendo ao que já demonstrei", começou por responder o treinador.

Daniel Ramos disse sentir-se "triste" com o atual momento da equipa, mas garante que são precisos "todos para dar a volta".

"Aquilo que eu vou continuar a fazer é ser eu próprio, manter a minha identidade, continuar a ser defensor dos interesses do Marítimo, respeitar a massa associativa, que me ajudou muito e que continua a ajudar", concluiu.
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