I Liga: Gil Vicente ‘ensombrado’ pela morte de Dito e pela covid-19 quer manutenção

por Lusa

O Gil Vicente quer manter-se na I Liga portuguesa de futebol numa época com novo treinador, Rui Almeida, cujo início está a ser afetado pela morte do diretor-geral, Dito, e pelos 15 casos confirmados de covid-19.

A formação de Barcelos regressou à elite do futebol português na época passada, sob a liderança do treinador Vítor Oliveira, e alcançou um 10.º lugar, mas vai iniciar o próximo campeonato com o técnico Rui Almeida, que orientou o Caen, da II Liga francesa, em 2019/20, e já trabalhou no principal escalão gaulês, ao serviço do Bastia (2016/17).

O novo ‘timoneiro' realçou, na apresentação oficial da versão 2020/21 do Gil Vicente, em 24 de agosto, que a equipa vai trabalhar não só para consolidar o clube na elite do futebol português da forma "mais rápida possível", mas também para entrar em qualquer campo com a "ambição de ganhar".

A preparação da nova temporada foi, contudo, ‘ensombrada' pela morte do diretor-geral dos ‘galos', Dito, em 03 de setembro.

O antigo defesa central, internacional pela seleção portuguesa, e treinador morreu aos 58 anos, após um mal-estar súbito quando seguia de automóvel para se juntar ao estágio gilista, no concelho de Melgaço, que terminou precocemente.

Depois da homenagem a Dito no amigável com o Sporting de Braga, em 09 de setembro (derrota por 1-0), os barcelenses depararam-se com nova contrariedade na passada sexta-feira, quando se soube que um futebolista e três membros da equipa técnica testaram positivo à covid-19.

Três dias depois foram registados mais 11 casos de infeção - nove em jogadores e dois em funcionários -, o plantel teve de entrar em quarentena obrigatória, situação que coloca em risco o duelo da primeira jornada, no sábado, às 18:30, com o Sporting, clube com oito casos de covid-19 até agora confirmados: sete em futebolistas e um na estrutura.

Até agora, o Gil reforçou o plantel com 12 jogadores para as várias posições do terreno, todos eles com idades até aos 24 anos, com exceção do lateral esquerdo Talocha, de 31, que regressa a Portugal após uma época no Riga FC, da Letónia.

Com um orçamento que se aproxima dos cinco milhões de euros, os minhotos encaram a nova época com um grupo de 26 jogadores, que tem média de idades de 24,2 anos, após as saídas de 12 atletas, cinco deles habituais titulares: os médios Soares, Kraev e Rúben Ribeiro e os avançados Baraye e Sandro Lima, que foi o melhor marcador gilista em 2019/20, com 13 golos em jogos oficiais.

Os minhotos seguraram, ainda assim, elementos regularmente utilizados em 2019/20, como o guarda-redes Dénis, os defesas Rúben Fernandes, Ygor Nogueira, Rodrigão e Henrique Gomes, os médios Claude Gonçalves e João Afonso e o extremo Lourency.

Além do começo com o Sporting, o Gil Vicente tem os restantes jogos teoricamente mais difíceis da primeira volta agendados para a quinta jornada, no terreno do campeão FC Porto, para a 10.ª, com a receção ao Benfica, e para a 15.ª, com a visita ao terreno do Sporting de Braga.
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