Pedro Martins deixou comando do Vitória de Guimarães

por Mário Aleixo - RTP
Pedro Martins chegou ao fim de um ciclo à frente da equipa do Vitória de Guimarães Epa-Erdem Sahin

O treinador Pedro Martins deixou o comando do Vitória de Guimarães, anunciou o presidente do clube da I Liga portuguesa de futebol, Júlio Mendes, após a derrota da equipa no dérbi com o Sporting de Braga (5-0).

"O 'mister' Pedro Martins não é mais treinador deste clube", afirmou o dirigente, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, após o jogo da 23ª jornada do campeonato.



O treinador deixa o comando dos vitorianos, depois de ter chegado ao clube em maio de 2016 e de ter conduzido a equipa ao quarto lugar na época passada e à final da Taça de Portugal, no Estádio Nacional, que viria a perder para o Benfica (2-1).

Nesta época, os vitorianos, sob o comando de Pedro Martins, conseguiram apenas 12 vitórias em 36 jogos relativos ao campeonato, à Taça de Portugal, à Taça da Liga e à Liga Europa, estando no nono lugar da I Liga, com 29 pontos, a sete do objetivo mínimo estabelecido, o quinto lugar.

O técnico já orientou também no principal escalão Marítimo (2010/11 a 2014/15) e Rio Ave (2014/15 a 2015/16).

Em declarações no final do jogo ante os bracarenses, o ex-técnico do Vitória de Guimarães assumiu a responsabilidade pela goleada sofrida.

Pedro Martins salientou que, depois da equipa ter entrado "muito bem", a "pressionar o adversário, com muito critério", o jogo ficou "decidido" com o lance do penálti de Wakaso sobre Wilson Eduardo e a expulsão do ganês.

"A explicação é simples. Entrámos personalizados, à Vitória e num erro acabámos por sofrer golo. Depois há o lance do penálti e expulsão. Acaba por definir o jogo, ficámos com um elemento a menos. A nós nada nos correu bem, mesmo a lesão de Pedro Henrique. Uma noite triste", disse o treinador, que posteriormente já não compareceu na sala de imprensa.
Críticas à arbitragem
O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, criticou a arbitragem do dérbi.

Na intervenção em que acabaria por anunciar a saída do treinador Pedro Martins, o dirigente realçou que o emblema vimaranense foi prejudicado no lance da grande penalidade assinalada aos 29 minutos, que viria a dar o segundo golo aos "arsenalistas" - Hassan marcou aos 34 -, considerando que a falta de Wakaso sobre Wilson Eduardo ocorreu fora da área.

O dirigente frisou que o Vitória de Guimarães não pode ser prejudicado por "participar de forma construtiva" no futebol português e frisou que a sua crítica não se deveu às eleições agendadas para 24 de março, lembrando que, na época passada, criticou, na sala da imprensa, a arbitragem após a receção dos vitorianos ao Estoril Praia (3-3).

"Hoje é para dizer basta. Eu não venho aqui por ser eleições. No ano passado, fiz o mesmo por esta altura. Contra tudo e contra todos, disse que íamos ficar em quarto lugar e ficámos em quarto lugar", disse.


Tallo alvo de processo disciplinar
O presidente vitoriano confirmou ainda a instauração de um processo disciplinar ao avançado costa-marfinense Junior Tallo, por ter dirigido gestos aos adeptos vimaranenses.

"Teve um comportamento inaceitável perante os nossos adeptos, e há imagens que comprovam isso. Ainda vai ser aberto um processo disciplinar. Não aceitaremos nunca que os jogadores desrespeitem os nossos adeptos", realçou Júlio Mendes.






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