O técnico Silas admitiu esta sexta-feira sempre foi um sonho treinar o Belenenses, clube que já representou como jogador, e disse estar consciente do desafio e da responsabilidade que assume na equipa, 11.ª classificada da I Liga de futebol.
Silas, que substitui Domingos Paciência no banco do Belenenses e têm contrato até junho de 2019, ainda não tem a equipa técnica completa, uma vez que nenhum dos elementos que a compõe - José Pedro, Pedro Russiano, Ricardo Dinis Rui Nunes e Márcio Santos - tem o nível quatro de treinador.
“Estamos a tratar do assunto, vai aparecer alguém que se vai juntar à nossa equipa técnica, que ainda não está fechada”, disse Silas, deixando críticas aos critérios de ingresso nos cursos de treinador.
Silas, que alinhou no Belenenses entre 2005 e 2009, admitiu que o clube do Restelo tem vindo a perder a sua mística, mas afirmou: “é algo que se consegue recuperar, desde de que estejamos predispostos a isso”.
Com a equipa a cinco pontos da zona de despromoção e sem vencer há 11 jogos, Silas considera que o plantel do Belenenses “está à altura dos desafios”, mas, naturalmente, não coloca de parte a hipótese de “ir buscar mais opções”.
Silas vai estrear-se como técnico do Belenenses no sábado, na Madeira, frente ao Marítimo, um clube que também representou enquanto jogador, em jogo da 19.ª jornada.
“Vamos defrontar uma equipa muito boa (…). É uma das melhores defesas do campeonato. Sabemos que vai ser muito difícil, vai ser um grande desafio, sabemos as dificuldades, estamos preparados para elas”, garantiu, acrescentando: “Temos alguns condicionalismos [devido a lesões e castigos], mas isso não vai servir de desculpa".
Silas, que representou a seleção portuguesa em três ocasiões, terminou a carreira de futebolista na época passada ao serviço do Cova da Piedade.
Além do Marítimo e do Belenenses representou em Portugal o Atlético, e a União de Leiria. No estrangeiro alinhou em clubes de quatro países: Inglaterra, Espanha, Chipre e Índia.
O presidente da SAD do Belenenses, Rui Pedro Soares, considerou que o novo técnico, de 41 anos, “tem o potencial e a capacidade para integrar o projeto do clube”, e recusou a ideia de que a pouca experiência de Silas possa ser um risco acrescido.
“Não acho que seja um risco maior ou menor do que os que assumimos no passado”, disse, acrescentando: “Tem a experiência que tinha o Marco Silva quando assumiu o Estoril Praia, ou o André Villas-Boas quando assumiu a Académica”.
Com o mercado de transferências aberto até final do mês, Rui Pedro Soares admitiu que o plantel “tem posições que precisam de ser reforçadas”, mas considerou que essa é uma “matéria privada”.