Páraquedistas ocupam bases e explicam-se à reportagem da RTP

por RTP

Em 25 de Novembro, a RTP deslocou equipas a algumas das bases ocupadas pelos páraquedistas. Aqui, ouviu uma explicação sobre os motivos da iniciativa daquela tropa especial.

O grupo entrevistado encontra-se sobre uma "chaimite" que lhe foi cedida pelo Ralis e que agradecem ao capitão Diniz de Almeida. Refere-se também à detenção de oficiais que "não se integram no espírito da revolução", embora acrescentando que em breve irão sair.

Um dos páraquedistas explica que as armas da tropa têm maior alcance do que a caneta do chefe de Estado-Maior da Força Aérea, Morais e Silva. Este, ao tentar dissolver a Base Escola de Tropas Páraquedistas (BETP) de Tancos por via administrativa, obrigou aquela tropa a pegar em armas e a exigir a sua demissão.

O significado político da acção vai, contudo, além da exigência de demissão de Morais e Silva. Os páraquedistas exigem também a demissão dos representantes da Força Aérea no Conselho da Revolução. Querem substituí-los por representantes da confiança da tropa.
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