Uma segunda onda de calor está a invadir o centro da Europa, com os termómetros a registarem temperaturas de proporções sem precedentes. França, Reino Unido, Holanda, Bélgica e Alemanha enfrentam dificuldades perante as marcas dos termómetros. Há milhões de pessoas afetadas.
A capital francesa registou esta quinta-feira mais de 42 graus, um nível histórico. Foi acionado um alerta vermelho.
João Botas, Paula Meira - RTP
Foi assim superada a temperatura mais alta desde que há registos em Paris - a 28 de julho de 1947, os termómetros mostraram 40,4 graus. No norte de França, há regiões que poderão ter temperaturas a rondar os 46 graus Celsius.
As autoridades francesas alertam os cidadãos para que se preparem: o mercúrio dos termómetros pode ainda ascender.
42,6 °C relevés @paris à 16h32, et la température pourrait encore augmenter #Canicule #vigilancerouge pic.twitter.com/HkNPT5VssO
— Météo-France (@meteofrance) July 25, 2019
Com medições desde 1865, o dia mais quente de sempre no país aconteceu em 2003, com 38,5 graus.
The #heatwave across Europe meant Germany (42.6 °C), the Netherlands (40.7 °C) and Belgium (40.6 °C) had their highest temperatures on record today.
— Met Office (@metoffice) July 25, 2019
Several sites including Paris, Edinburgh, Cambridge and Writtle also recorded their highest ever temperatures pic.twitter.com/Eda44nKCMF
De acordo com o Instituto Real de Meteorologia, “após a validação dos resultados de quarta-feira nas estações climatológicas do IRM, novo recorde nacional para a Bélgica: 40,2 graus em Angleur, em Liége, a mais alta desde 1833”.
Esse foi o ano em que o país começou a medir temperaturas. A Bélgica está sob alerta vermelho até sexta-feira e exclui apenas a costa. Foram anunciadas medidas para prevenir a desidratação e não estar exposto à radiação solar.
Andrea Neves, correspondente da Antena 1 em Bruxelas
As autoridades belgas decidiram encerrar vários serviços públicos e avisam que só em último caso os cidadãos devem viajar de comboio. A ilustrar o aviso esteve a avaria de uma composição numa viagem entre Paris e Bruxelas.
A Alemanha também estado a sentir as consequências da onda de calor. A cidade de Lingen registou 41,5 graus Celsius, sendo assim batido o recorde de temperaturas no país. Há notícias de lagos e rios que secaram e de peixes e outras espécies “severamente em perigo”.
Em locais da Alemanha, Suíça e Áustria houve comunidades a pintarem trilhos brancos nas ruas na esperança de que as temperaturas diminuam.
Espera-se que esta situação de calor extremo termine na sexta-feira com a chegada de uma frente fria ao Continente Europeu. No entanto, os cientistas avisam que estas situações deverão vulgarizar-se nos próximos anos.