Líder do CDS atribui o maior mérito do crescimento da economia aos empresários

por Lusa

Paredes, Porto, 22 set (Lusa) - A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas afirmou hoje em Paredes que o maior mérito do crescimento português deve ser atribuído ao esforço dos empresários, apesar dos "entraves do Governo".

"Se hoje nós temos notícias positivas no crescimento económico, os resultados devem-se ao esforço dos empresários. É a vocês que se devem, em primeira linha, estes resultados de crescimento económico que hoje vemos", afirmou a líder democrata-cristã.

Assunção Cristas falava para algumas centenas de apoiantes da candidatura do CDS à Câmara de Paredes, liderada por José Miguel Garcez, concelho do distrito do Porto onde se concentra o maior polo da indústria de mobiliário em Portugal.

"Na verdade, muitas vezes, é apesar dos entraves e das ajudas que o Governo não dá que nós conseguimos crescer e que as empresas conseguem crescer, porque não é com o investimento público, que baixou, é com o investimento privado, é com as exportações", enfatizou.

Muito aplaudida, elogiou os empresários locais pelo contributo dado para as exportações portuguesas e para o crescimento da economia, apesar de terem cada vez mais dificuldades em arranjar mão-de-obra qualificada.

"Onde estão os fundos comunitários para formação profissional, onde há turmas que são mais pequenas, onde há turmas que não abrem, que não podem fazer as formações que estavam previstas, porque o dinheiro não chega lá.", questionou.

A líder democrata-cristã acusou depois o Governo socialista de "falta de transparência, falta de frontalidade e falta de capacidade para assumir aquilo que faz quando não tem dinheiro para o investimento público".

"Sentimos, no dia-a-dia, as listas de espera a aumentar, os funcionários que não estão nas escolas e que muitas vezes não asseguram que elas possam abrir ou ter continuidade", afirmou, acrescentando: "Sabemos, no dia-a-dia, o que é a degradação dos transportes públicos e sabemos que, quando agora se ouve o Governo com os seus apoiantes das esquerdas unidas a apregoar notícias orçamentais, dá-nos o direito a perguntar, mas afinal onde está o reverso da medalha".

Para Cristas, os "mil milhões de euros de cativações" do orçamento transformam-se "em cortes cegos".

"Então nós só podemos dizer: Andam a enganar as pessoas, andam a fazer propaganda", exclamou.

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