"Algarvia". Fóia e "crono" voltam a testar pelotão

por Mário Aleixo - RTP
Kwiatkowski, da Sky, foi um dos elementos em destaque na "Algarvia" de 2018 Epa-Luís Forra

A subida à Fóia, no segundo dia, e o contrarrelógio individual da terceira etapa voltam a apresentar-se como maiores testes para os corredores com aspirações à vitória final na 45.ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta.

Na prova, que arranca na quarta-feira em Portimão e decorre até domingo, um traçado total de 778,6 quilómetros, mais 5,1 em relação a 2018, vai testar as 24 equipas do pelotão, 12 delas do WorldTour, além de nove nacionais.

A organização descreveu o percurso, aquando da sua apresentação, como "clássico, semelhante ao dos anos anteriores", sendo que a maior novidade é a partida de Portimão, logo no primeiro dia, depois da ausência da cidade desde 2012.

Dedicada aos "sprinters", a primeira etapa é também a mais longa, com 199,1 quilómetros entre Portimão e Lagos, contando com duas contagens de montanha, uma de quarta e outra de terceira categoria.

O segundo dia é o primeiro teste para os candidatos à geral, na subida à Fóia, ponto mais alto da "Algarvia", com um acumulado de 3.600 metros ao longo da ligação Almodôvar-Fóia, com um total de 187,4 quilómetros, culminando numa contagem de montanha de primeira categoria.

Em 2018, a etapa foi arrebatada pelo eventual vencedor, o polaco Michal Kwiatkowski (Sky), pelo que será um dia importante antes de um dos primeiros grandes contrarrelógios da temporada para o pelotão internacional, no terceiro dia.

Um exercício de 20,3 quilómetros em Lagoa, o percurso não é muito exigente no que torna a subidas e reveste-se de importância para os resultados finais -- em 2018, o britânico Geraint Thomas (Sky) venceu a tirada e acabou em segundo na geral, numa época em que ganhou a Volta a França.

Albufeira, que tinha marcado os arranques anteriores, é desta vez o palco da partida no quarto dia, que reserva uma ligação de 198,3 quilómetros entre Albufeira e Tavira, em outro dia para os velocistas.

A acabar, chega a tradicional chegada ao alto do Malhão, em Loulé, no domingo, com o pelotão a sair de Faro para coroar o vencedor da 45.ª edição após uma subida de segunda categoria ao fim de 173,5 quilómetros.

O teste final não deixa de ser exigente e exigir cuidados: ao todo, a derradeira subida apresenta uma inclinação média de 9,9 por cento ao longo de 2.500 metros.

A Volta ao ALgarve arranca com a presença de 24 equipas, nove delas portuguesas. Amaro Antunes que venceu no Alto do Malhão em 2017 é a voz do otimismo quando falou ao jornalista da Antena 1, Marco Fernandes.



A Volta ao Algarve, prova de categoria 2.HC, a mais alta do circuito WorldTour e a mais bem cotada das provas portuguesas, arranca na quarta-feira, em Portimão, e termina em Loulé, no domingo.


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