O ciclista britânico Chris Froome, três vezes vencedor da Volta a França, demonstrou esta segunda-feira o seu apoio ao manager da Sky, visado em vários inquéritos sobre doping, mas reconheceu que foram cometidos erros pela equipa.
Depois de semanas sem se pronunciar sobre as investigações em curso no Reino Unido sobre um eventual caso de doping na formação britânica, o triplo vencedor do Tour seguiu o exemplo de outros companheiros, que já tinham demonstrado publicamente o apoio a Dave Brailsford.
“Ele apoiou-me nos últimos sete anos da minha carreira e não posso estar-lhe mais reconhecido pelas oportunidades e experiências que vivi”, prossegue a nota.
No entanto, Froome admitiu que foram cometidos erros por parte da Sky. “Mas foram colocadas em práticas medidas para que esses erros não sejam repetidos. Sei que é preciso tempo para que a confiança [na equipa] seja restaurada, mas farei tudo ao meu alcance para que isso aconteça, tal como o farão todos os membros da Sky”, concluiu o vencedor das edições de 2013, 2015 e 2016 do Tour.
Na sexta-feira, Brailsford negou ter intenção de se demitir, apesar das polémicas que têm abalado a credibilidade da formação britânica nas últimas semanas.
O manager da Sky está a ser investigado em vários inquéritos paralelos no Reino Unido, mas tem repetidamente rejeitado a existência de qualquer infração antidoping na equipa.
Nas últimas semanas, a entrega de um pacote misterioso ao ciclista Bradley Wiggins, primeiro britânico a vencer o Tour (2012), durante o Critério do Dauphiné de 2011, tem sido alvo de uma grande controvérsia, que levou a uma investigação por parte da Agência britânica antidopagem e do parlamento britânico.
As audiências aos vários elementos da equipa britânica puseram em evidência a ausência de registos médicos que sustentem a versão de Wiggins de que a encomenda, que foi transportada desde o Reino Unido até França, continha um medicamento autorizado para a asma.
Há duas semanas, a diretora executiva da Agência britânica, Nicole Sapstead, disse numa audiência no parlamento britânico que a sua entidade está a investigar a possibilidade de o produto entregue a Wiggins ser um corticoide proibido chamado Triamcinolona.