`Liaison` de Portugal no CERN diz que 300 portugueses colaboram com o instituto

por Lusa

Porto, 13 jul 2019 (Lusa) -- O investigador e `liaison` de Portugal na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), Paulo Gomes, afirmou hoje que há cerca de 300 portugueses a colaborar com o instituto, e diz haver um "projeto de associação de graduados portugueses".

"Ao longo dos últimos 30 anos, o número de portugueses [no CERN] multiplicou-se por 10, há cerca de 300 portugueses que têm algo a ver com o CERN, dos quais 170 estão lá, 30 permanentes e os outros 140 vão-se alternando e circulando ao longo dos anos. Há cerca de 130 que estão em Portugal e vão lá de vez em quando", começou por explicar, no início da sua intervenção, no I Congresso Mundial das Redes da Diáspora Portuguesa, a decorrer no Porto.

Paulo Gomes indicou ainda que, ultimamente, "houve algumas visitas oficiais", sendo que foi numa visita do secretário de Estado para as Comunidades Portugueses, José Luís Carneiro, que houve a "apresentação de um projeto de associação de graduados portugueses, não no CERN, mas em toda a Suíça", país que é sede do instituto.

"Houve gente que manifestou interesse, amigos têm contactado amigos e estamos a arrancar com o CERN e organizações internacionais à volta de Genebra. Vamos certamente alargar para a Suíça toda e isso seria uma ocasião para encontrar pessoas. Na Suíça há centenas de organizações portuguesas, mas nenhuma que tenha a ver com graduados, investigadores e estudantes. Seria bastante interessante", adiantou.

Além disso, referiu que tem sido "importante ver o interesse de Portugal e do Governo pelas pessoas que estão fora do país" e que as visitas oficiais dão "segurança às pessoas" e mostram que o seu trabalho lá fora "é importante".

"Começa a haver uma imagem mais positiva de Portugal no estrangeiro e isso será importante para motivar as pessoas a regressarem a Portugal e não partirem para outros países. Por outro lado, para que haja mais investimento a nível de países e organizações de fora para dentro, vamos ver se as coisas continuam a seguir com a mesma energia. Seria ótimo", finalizou.

O CERN é presidido por Fabiola Gianotti, cientista italiana em Física de partículas e primeira mulher nomeada diretora-geral da Organização, que foi hoje distinguida com o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para Divulgação do Património Cultural 2019.

O Prémio foi instituído em 2013 pelo Centro Nacional de Cultura (CNC) em cooperação com a Europa Nostra, a principal organização europeia de defesa do património, que trabalha em parceria com a UNESCO, e que é representada em Portugal pelo CNC.

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