Nobel da Química premeia técnica que permite ver estruturas de biomoléculas

por RTP
Juan Carlos Ulate - Reuters

O Prémio Nobel da Química 2017 foi atribuído aos investigadores Jacques Dubochet, Joachim Frank e Richard Henderson "pelas contribuições decisivas para o desenvolvimento de métodos de microscopia crioeletrónica, que permite ver imagens mais detalhadas de estruturas de biomoléculas em solução".

Depois de apresentados os prémios da Medicina e Física, a Academia Sueca das Ciências anunciou esta quarta-feira os vencedores do Prémio Nobel da Química. Jacques Dubochet, Joachim Frank e Richard Henderson foram laureados pela investigação de uma nova técnica que permite ver com maior resolução estruturas biomoleculares em solução.



“Este método vai conduzir a bioquímica a uma nova era”, estimou a Academia, que vai atribuir aos vencedores nove milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de um milhão de euros.

“Investigadores podem agora congelar biomoléculas durante o movimento e individualizar processo que nunca antes tinham sido vistos, o que é vital para uma compreensão básica da vida da química e para o desenvolvimento de fármacos”.

Jacques Dubochet, investigador suíço, utilizou uma técnica de vitrificação que congela de imediato para preservar o estado das biomoléculas e estudá-las de forma mais detalhada.

Em 1990, Richard Henderson, investigador britânico, conseguiu gerar uma imagem a três dimensões de uma proteína, uma tecnologia que Joachim Frank desenvolveu, conseguindo por seu turno captar imagens a duas dimensões e transformá-las para três dimensões.

Jaques Dubochet é um investigador e professor suíço de biofísica, da Universidade de Lausanne, Joachim Frank faz parte da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e Richard Henderson faz investigação para o Laboratório de Biologia Molecular do Conselho de Investigação Médica do Reino Unido.
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