A Confederação do Turismo de Portugal rejeita qualquer aumento do salário mínimo em janeiro do próximo ano

por Antena 1

Foto: Antena 1

Entrevistado no programa Conversa Capital, da Antena 1 e do Jornal de Negócios, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, considera que aumentar o salário mínimo no início de 2021 é atirar as empresas para o precipício.

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) rejeita qualquer aumento do salário mínimo em janeiro do próximo ano. Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o presidente da CTP, Francisco Calheiros até admite que a meio do próximo ano possa existir algum tipo de aumento, mas apenas se o turismo conseguir recuperar. 

Francisco Calheiros sugere ao governo que aumente as pensões ou outro tipo de apoios onerando o orçamento do Estado e não as empresas.

Nesta entrevista, no programa Conversa Capital, o presidente da Confederação do Turismo diz que o que quer discutir neste momento é "o emprego máximo e não o salário mínimo", antecipa dois momentos, dois "choques", em que haverá mais desemprego no turismo: outubro e janeiro e lamenta que o governo tenha rejeitado o prolongamento do lay off para o turismo porque as novas medidas não servem a todos. A Confederação do Turismo de Portugal fez a proposta e, segundo Francisco Calheiros, o governo já respondeu com um "Não".

O presidente da CTP revelou ainda que as confederações patronais vão apresentar um documento conjunto ao governo para o próximo Orçamento do Estado onde pedem a redução da carga fiscal.

De resto, Francisco Calheiros considera que o Orçamento do Estado para 2021 é um "orçamento de ficção" porque vai ser necessário ir fazendo ajustamentos ao longo do ano em função da retoma da economia. 

O presidente da CTP pede ao governo para antecipar as ajudas comunitárias previstas para o segundo semestre do próximo ano e lembra que para os próximos meses os empresários do sector precisam de capitalizar as empresas e a fundo perdido, ou com a linha anunciada pelo governo para outubro ou com a antecipação das verbas comunitárias.

Relativamente à ligação com a TAP e ao contributo da empresa para a recuperação do turismo, Francisco Calheiros diz que a empresa está a "voar muito pouco" e que "é urgente que os seus aviões saiam do chão". O presidente revela os últimos dados conhecidos sobre a chegada de passageiros ao país, adiantando a título de exemplo que o ano passado por esta altura tinham desembarcado em Lisboa 21 milhões de passageiros e que este ano o número ficou pelos 7 milhões. O presidente da CTP insurge-se contra o vazio de poder na mudanca da administração, que considera está a prejuducar a empresa na sua retoma.

Pode ver a entrevista na íntegra aqui: 



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