Conversa Capital com Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial

por Antena1

Foto: Antena1

Avisos COVD para empresas: O governo quintuplicou a dotação destinada a projetos de produtos e serviços para o combate à Covid-19.

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, revelou que foram aprovados 637 projetos que correspondem a 174 milhões de euros uma verba cinco vezes superior ao que estava previsto inicialmente.

Já em relação ao programa CO3SO, que tinha previstos 90 milhões para fixar 1.600 postos de trabalho no interior, e cuja procura superou a oferta, a ministra garantiu que as 4.435 propostas vão ser analisadas com celeridade, para verificar se têm a qualidade pretendida e garantiu que em função dessa análise, se for necessário, haverá um reforço financeiro.

Por contraposição à adesão verificada no programa, a ministra lamenta as resistências que têm existido à descentralização de serviços públicos para outras zonas do país, mas garante que o processo vai continuar e que os novos serviços que estão a ser criados, nomeadamente a nível da proteção civil, já vão ser pensados numa lógica de descentralização. Sobre a proposta de Rui Rio de transferir o Supremo Tribunal Administrativo e o Tribunal Constitucional para Coimbra, não comenta.

Já quanto ao pacote comunitário previsto para os próximos 10 anos, Ana Abrunhosa garante que as CCDR vão ter mais autonomia e mais peso para gerir os fundos.
A ministra da Coesão Territorial não se compromete com uma data para fazer avançar os descontos nas ex-scut do interior do país. Nesta entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios e ao contrário do que tinha garantido no Parlamento, onde assegurou que a medida entrava em vigor no terceiro trimestre deste ano, Ana Abrunhosa limita-se a dizer que a medida está nas Finanças, "está a ser finalizada e oportunamente será comunicada". Justifica o atraso com a pandemia, lembrando que as finanças também foram afetadas e que "todos somos vítimas da pandemia e o Orçamento do Estado também".

A ministra concorda que haja ligação ferroviária a todas as capitais de distrito, conforme previsto no plano de Costa Silva. Já quanto ao aeroporto de Beja, Ana Abrunhosa considera que não substitui o de Lisboa mas lembra que o país não pode ter um equipamento destes sem o valorizar e sem estar ao serviço do Alentejo e do país: "Tem de ser aproveitado!".

Já quanto a um novo aeroporto na região centro admite que possa existir, desde que seja apresentado um projeto viável e conjunto. Ana Abrunhosa dá um puxão de orelhas aos autarcas por estarem a reclamar isoladamente o aeroporto e lembra que isso não é coesão.
Uma entrevista conduzida pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena1 e David Santiago do Jornal de Negócios.
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