A Antena1 e o Jornal de Negócios entrevistam o secretário-geral da APETRO, Associação Portuguesa das Empresas Petroliferas.
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Este valor demonstra que, depois de um período de quebra, os valores se situam ao nível do primeiro trimestre de 2016 - ou seja, registou-se uma recuperação do mercado. No entanto, António Comprido esclarece que não há margem para baixar os preços e são as "guerras" dos descontos que mantêm a rentabilidade. Ou seja: "Para justificar a rentabilidade que os acionistas esperam, não há espaço para reduzir os preços".
Imposto sobre Produtos Petrolíferos
Mais: "Não há margem de comercialização nos combustíveis, que permita absorver alterações fiscais". Isto significa, segundo António Comprido, que qualquer aumento do ISP que haja é refletido no preço ao consumidor.
Grandes Superfícies
Relativamente ao negócio nas grandes superfícies, António Comprido adiantou que o crescimento está estagnado porque terão atingido a quota de mercado que pretendiam. Para esta situação contribui a estagnação do consumo dos combustíveis simples e um certo regresso aos combustíveis aditivados.
ANTRAM
Sobre a possibilidade de as empresas de transporte de passageiros poderem vir a beneficiar da redução do preço do gasóleo profissional, o secretério-geral da APETRO esclarece que não tem nada a opor, mas lembra que os postos das empresas não estão preparados, não têm o mesmo controlo e isso pode "distorcer o mercado".
Gás
Nesta entrevista, António Comprido revelou à Antena1 e ao Negócios, que a ENMC - a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis - poderá vir a abolir as compensações financeiras a que os proprietários estão obrigados na devolução das garrafas. Isto significa que a troca de garrafas entre os proprietários vai voltar a ser livre e sem encargos. António Comprido revelou ainda que a decisão surge, porque, na sequência da entrada em vigor da nova lei, surgiu um negócio paralelo, ilegal, de grupos que se aproveitaram para exigir dinheiro às petrolíferas na devolução de garrafas.
Fiscalização
António Comprido denuncia ainda a falta de capacidade de fiscalização das entidade fiscalizadora, que permite que haja operadores que importam gasóleo de Espanha, que não tem o mesmo conteúdo de biocombustíveis a que os outros estão obrigados em Portugal, não apresentam os títulos e continuam a ganhar com o negócio. Adianta que ainda ninguém pagou a compensação que seria devida.
Petróleo
Quanto à prospeção e exploração de petróleo, Antonio Comprido considera que "o país não se pode dar ao luxo de abdicar do levantamento das riquezas que existem no subsolo" e não aceita "posições fundamentalistas" como as que têm estado a acontecer em relação à exploração de hidrocarbonetos.