Conversa Capital com Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP

por Antena 1

Arménio Carlos considera que a base de 700 euros para o Salário Mínimo Nacional, que os patrões apresentaram, é “curtinha, tem que evoluir significativamente”. Disponibilidade para negociar? Apenas o prazo para a aplicação dos 850€.

O secretário-geral da CGTP considera que é possível "ir mais além" dos 750 euros de salário mínimo. Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, Arménio Carlos não mostra abertura para alterar os 850€ propostos pela CGTP, e quanto à proposta dos patrões de 700 euros, considera que "é curtinha". Disponibilidade há, mas apenas para negociar o prazo de aplicação dos 850 euros e os critérios da produtividade. Ainda assim garante que não vai por a "cabeça na boca do lobo", nem aceitar mudanças dos valores anuais, em função do crescimento da economia.

Arménio Carlos diz que não vai "abandonar o campo por falta de comparência" e que era importante que percebessem o valor acrescentado que seria ter um acordo com a assinatura da CGTP.

O secretário-geral da CGTP lembra que a produtividade não depende só do que os trabalhadores fazem mas também do que as empresas investem na modernização tecnológica e na gestão dos recursos humanos. Por isso, considera que se as regras não tiverem em conta esta situação haverá um "aumento pífio" dos salários.

Quanto ao novo Executivo, Arménio Carlos não tem dúvidas que o trabalho está a perder peso e a economia, numa lógica empresarial, está a ganhar força, "o que não é bom sinal".

Arménio Carlos não se pronuncia sobre as expectativas que tem em relação à nova ministra da Administração Publica, lembra apenas que nuns momentos foi coerente e noutros foi subserviente.

Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, a Rosário Lira (Antena1) e Catarina Almeida Pereira (Jornal de Negócios):

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