Foro: Antena1
O CEO do Grupo Pestana, o maior grupo hoteleiro em Portugal, defende a continuidade do layoff simplificado até ao primeiro trimestre do próximo ano.
Aliás, José Theotónio dá o verão como perdido em termos globais devido a 2 fatores: o facto do Reino Unido manter Portugal fora do corredor turístico e os novos focos da pandemia que apareceram na área de Lisboa e que levaram a que não fosse possível recuperar como se esperava.
O Reino Unido, lembra, representa só em agosto para o turismo português 1 milhão de dormidas. Este ano estima que haja apenas 50 mil. Ainda assim, espera que seja possível recuperar algum turismo inglês em setembro, ou outubro, se entretanto na próxima avaliação o bloqueio for levantado.
Portugal, admite, errou na estratégia internacional e acabou por ser ultrapassado por espanhóis e italianos. Diz que a política de comunicação tem que ser melhor - usar como critério as regiões em vez de países - e dá como exemplo o caso de quem vem a Portugal por Sevilha e regressa por Sevilha ao Reino Unido, não ter de fazer quarentena.
O CEO do grupo Pestana estima que o turismo só vai voltar aos níveis de 2017 daqui a 3 ou 5 anos. Admite que pelo caminho muitas empresas vão fechar portas e poderá existir uma consolidação do mercado.
José Theotónio considera que um dos maiores problemas do turismo é a aviação, e em concreto a TAP, que continua com os aviões parados. Admite que a indefinição que existe em relação ao futuro com a alteração de rotas é uma preocupação. "O mais importante nesta fase é ver os aviões a voar". Quanto à construção do novo aeroporto no Montijo, é um projeto que deve começar porque se ganhou tempo para fazer e fazer em condições.
Uma entrevista conduzida pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena1 e Rafaela Burd Relvas do Jornal de Negócios.