Mário Mourão, o novo secretário-Geral da UGT, defende aumentos salariais para a função pública de 1,3 por cento. garante que não vai fazer um acordo de política de rendimentos a qualquer preço, exige medidas para aumentar o salário médio, afirma estar preparado para o diálogo, mas também para a contestação na rua e não exclui mesmo a possibilidade de uma greve geral na função publica.
Mário Mourão continua a acreditar no diálogo com o governo, diz que ainda há abertura para poder progredir para estes valores, mas remete essa discussão para setembro.
Ainda assim, admite que diálogo não significa parar com a contestação e não exclui mesmo a possibilidade de uma greve geral na função publica.
Em sede de concertação social, Mário Mourão adianta que não fará um acordo de política de rendimentos a qualquer preço, e aponta como condição fundamental para um entendimento, a inclusão de medidas que promovam o aumento do salário médio. Mário Mourão diz que o governo tem de estar disponível para aliviar o custo de vida da classe média fortemente penalizada, reduzindo a carga fiscal das famílias e das empresas, para que os salários médios possam aumentar.
Nesta entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o secretário-geral da UGT disse que já falou com o primeiro-ministro, e que se sentiu "satisfeito e confortável" com o diálogo estabelecido. Por isso, ao contrário do que aconteceu no passado, afirma acreditar numa boa relação entre o secretário-geral do PS e o secretário-geral da tendência sindical socialista. Até porque com um governo de maioria absoluta, António Costa não tem justificação para não cumprir o que prometeu, e a UGT "vai pedir contas".
Entrevista conduzida pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena1 e Catarina Almeida Pereira do Jornal de Negócios.
Entrevista conduzida pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena1 e Catarina Almeida Pereira do Jornal de Negócios.