Conversa Capital com o presidente da Euronext Lisboa

por Antena 1

A bolsa de Lisboa tem vindo a beneficiar com o aumento das transações na Europa. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o presidente da Euronext Lisboa revela que as transações em bolsa têm vindo a aumentar devido ao efeito Trump e Macron. Paulo Rodrigues Silva é o convidado desta semana da Conversa Capital.

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o CEO da Euronext Lisbon, Paulo Rodrigues Silva, admite que neste momento com as regras que existem não há nenhuma empresa que cumpra os requisitos para entrar no PSI-20. Neste momento o PSI 20 tem 19 empresas.

Admite que em março, durante a reunião anual do comité de especialistas que essas regras possam vir a ser alteradas, flexibilizadas, para receber mais empresas, e "no limite pode mesmo reconsiderar-se deixarem de ser 20 empresas".




Paulo Rodrigues Silva assinala que um numero inferior de empresas não é positivo para a diversidade que o mercado deve ter e até por via das OPA em curso pode vir a ser necessário fazer alterações.

Relativamente à OPA do Montepio a ser bem sucedida, só em março, na revisão anual o comité decidirá sobre a continuidade do Montepio no PSI20. Até lá, mesmo que o Montepio deixe de cumprir as regras para estar no PSI20, não haverá uma avaliação antecipada.

Quanto à OPA da EDP Renováveis, o presidente da Euronext Lisboa acompanha com atenção mas sem preocupação.
Investimento
O CEO da Euronext Lisboa revela que as transações em bolsa tem vindo a aumentar na Europa em termos gerais devido ao efeito Donald Trump e Emmanuel Macron, sendo que Portugal beneficia com isso.

Paulo Rodrigues Silva considera que é preciso medidas fiscais que sejam favoráveis ao capital. Paulo Rodrigues Silva considera que há uma discriminação positiva a favor da dívida e contra o capital.

O responsável lembra que é mais fácil a uma empresa optar por dívida do que por capital porque os juros que paga pela divida abatem nos impostos. Considera que já foram dados passos mas é preciso fazer mais no próximo orçamento do Estado em matéria fiscal.
Banca
Relativamente à banca, Paulo Rodrigues Silva considera que o sistema financeiro está mais estável e lamenta que não haja mais capital português investido no sector.

Em concreto sobre a Caixa Geral de Depósitos, Paulo Rodrigues Silva que pertenceu à Administração de António Domingues, e foi um dos administradores que falhou a entrega da declaração do património no Tribunal Constitucional, prefere não se pronunciar sobre o assunto.

Ainda assim, relativamente ao plano de negócios em que também esteve envolvido, considera que se trata de "um plano difícil mas absolutamente indispensável para o sistema financeiro português" e por isso transmite aos novos gestores "a sua solidariedade e apoio na execução"
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