Conversa Capital com Pedro Oliveira

por Antena 1

Foto: Antena1

A fatura detalhada para os combustíveis pode vir a aumentar o preço final para o consumidor. Em entrevista à Antena1 e ao Negócios, o presidente do Conselho de Administração da BP Portugal, refere que se a fatura detalhada implicar mais investimento por parte das empresas, necessariamente esse custo será refletido no preço dos combustíveis.


Pedro Oliveira diz que vê esta medida como mais uma “arma de arremesso político" em nada determinante para a agenda dos combustíveis em Portugal.

O presidente do Conselho de Administração da BP em Portugal admite que os combustíveis são caros por causa dos impostos e da elevada taxa de incorporação de biocombustíveis. Contudo não acredita numa mudança do ISP para o Orçamento do Estado de 2019 até porque qualquer "toque que se faça não é determinante", seria necessário uma abordagem estrutural. Adianta: "brincar com um cêntimo para cima e outro para baixo não é relevante".

Espera também que o OE para 2019 não reinvente nada, não penalize o sector, não promova nenhuma discriminação positiva na energia, entre as diferentes áreas, e que deixe claro os objetivos estratégicos, com regras iguais para todos e "penalizando quem não cumpre".

Pedro Oliveira adianta que tem conhecimento da existência de contrabando de combustíveis em Portugal. Ou seja estão a entrar no país combustíveis que não cumprem as regras de incorporação de biocombustíveis e assim conseguem ser vendidos a um preço mais baixo. Aguarda pelas conclusões do grupo de trabalho que está a analisar o assunto, mas adianta que a solução é simples e passa por exigir uma garantia bancaria sobre obrigações futuras, a quem quiser entrar no mercado, ou seja, só entra quem tiver capacidade financeira.

Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de Pedro Oliveira a Rosário Lira (Antena1) e André Cabrita Mendes (Jornal de Negócios):


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